Fofocar pode melhorar a saúde e a qualidade de vida, aponta estudo
O hábito de fofocar nunca fez tão bem para a nossa saúde mental e qualidade de vida
Quem nunca parou um minutinho para fofocar sobre algo que acabou de descobrir? Pode admitir, vai… A gente sempre encontra aquele momento para dividir uma novidade com um colega ou dar aquela opinião sobre o que está rolando. Mas e se te contassem que fofocar, desde que com boas intenções, pode fazer bem para sua saúde e qualidade de vida? Isso mesmo. Nada de julgamento aqui. Um novo estudo mostra que essa prática tão comum pode ser uma aliada no dia a dia.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington resolveram olhar para a fofoca de um jeito diferente. Nada de ver a prática como algo ruim, pesado ou maldoso. Neste estudo, que foi publicado no Journal of Evolution and Human Behavior, eles investigaram situações em que fofocar não foi usado para atacar ninguém. Ou seja, nada de comentários que humilham ou diminuem alguém. O foco foram conversas bem-intencionadas, como quando se comenta algo para alertar, orientar ou até elogiar outra pessoa.
E sabe o que descobriram? Fofocar assim pode aproximar as pessoas, criar laços mais fortes e até melhorar o clima em grupos. Quem fofocava com esse cuidado acabou virando alguém mais confiável dentro do grupo.
As pessoas começaram a procurar essas pessoas para conversar, pedir conselhos e até contar novidades. Ou seja, fofocar da maneira certa virou uma ponte para relações mais próximas.
Isso se reflete até no ambiente de trabalho. Ao fofocar com boas intenções, os participantes passaram a ser vistos como figuras de referência dentro da equipe. E isso, com o tempo, abriu portas: aumento de salário, novas oportunidades e até promoções surgiram para alguns. Tudo por conta de uma prática que, quando usada com respeito, ajuda a construir confiança.

Fofocar pode melhorar o ambiente profissional
O estudo mostra que fofocar, em um contexto positivo, ajuda muito na comunicação entre colegas de trabalho. Aquela conversa no café, por exemplo, pode ser o início de uma troca de ideias que facilita o dia a dia no escritório. Claro que é importante sempre ter cuidado para não ultrapassar os limites. Mas quando se compartilham informações úteis, de forma respeitosa, o grupo cresce junto.
Fofocar, nesse caso, serviu como um tipo de ferramenta social. Gente que sabia como falar sem causar mal-estar virou ponto de apoio no time. É aquela pessoa que ouve, aconselha e ajuda os outros a entender melhor as situações. Isso acaba criando um espaço mais leve, com mais colaboração e menos competição.
E mais: ao fofocar de maneira saudável, essas pessoas conseguiram aumentar sua rede de contatos. Ou seja, além de melhorar os laços com quem já convive, elas também passaram a ser vistas com bons olhos por pessoas de fora. Isso é beneficial até mesmo para a carreira.

Fofocar do jeito certo pode fazer bem para o corpo e a mente
Outro ponto interessante do estudo foi a relação entre fofocar e o bem-estar emocional. Quando alguém compartilha algo de forma cuidadosa, existe uma sensação de conexão com o outro. Essa troca cria confiança e apoio, o que é bom para a saúde mental. A pessoa sente que faz parte de algo, que pode contar com os outros e isso é essencial para o equilíbrio emocional.
Fofocar, nesse caso, virou um caminho para reduzir o estresse. Sabe aquela sensação boa depois de conversar com alguém e colocar os pensamentos em ordem? Pois é. Esse tipo de conversa ajuda o cérebro a entender melhor o que está acontecendo, o que pode deixar a pessoa mais calma e segura.
E tem mais: o ato de fofocar com boas intenções também estimula o raciocínio e a empatia. É preciso pensar no que dizer, como dizer e com quem compartilhar. Esse cuidado ativa áreas do cérebro ligadas ao pensamento social, o que ajuda a melhorar as relações no geral.
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