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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
homenagem as Mães de Santo

Raquel Rocha leva ao Rio exposição “Obirin Omi – Mulheres Água”

Mostra ocupa a Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea, na Gamboa, de 12 de setembro a 11 de outubro

Luana Avelarpor Luana Avelar em 10 de setembro de 2025
ATELIE RAQUEL 3
Foto: Divulgação

A artista visual e candomblecista goiana Raquel Rocha apresenta pela primeira vez no Rio de Janeiro uma mostra individual. Intitulada “Obirin Omi – Mulheres Água”, a exposição abre oficialmente em 12 de setembro, às 17h, na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea, na Gamboa, e permanece em cartaz até 11 de outubro, com entrada gratuita.

A exposição é uma produção do Orum Aiyê Quilombo Cultural e traz novas obras da série “As Matriarcas”, lançada em 2024. A curadoria é de Mariana Maia, com produção artística de Rona Neves. No dia anterior à abertura, em 11 de setembro, também às 17h, haverá uma pré-abertura com a performance “Omi Eró”, apresentada pela própria artista e com participação do performer Marcelo Marques.

A proposta central da mostra é homenagear as Mães de Santo brasileiras e enaltecer a resistência afro-religiosa. Nas obras da série “As Matriarcas”, a artista utiliza a técnica de acrílica sobre peneiras bordadas com búzios, acompanhadas de quartinhas de barro cheias de água, símbolos de ancestralidade e permanência. A instalação articula memória, religiosidade e identidade como forma de enfrentamento ao racismo.

A programação inclui ainda a série “Orixás entre traços e versos”, que recorre ao nanquim e a pigmentos naturais derivados de pós e folhas utilizados nos ritos de iniciação do Candomblé. O trabalho conecta estética e espiritualidade, explorando o imaginário afro-brasileiro a partir de referências religiosas.

Raquel Rocha sublinha a importância de levar este trabalho para o Rio de Janeiro. “Realizar essa exposição em Pequena África, um local de tanta resistência histórica preta no Brasil, é muito importante para mim e para o Orum, como um todo. Levar um trabalho produzido aqui no Centro-Oeste, sobre memória preta e resistência afro-religiosa, para outros territórios, é mostrar que estamos aqui, pulsando arte preta no coração de Goiás”. A artista ainda comenta sobre o significado de levar para fora do estado um trabalho que tematiza o Candomblé. “Quando a gente fortalece e protagoniza memórias afro-religiosas pretas, estamos dizendo que essa história também pertence a nós. Dizemos que aqui neste Cerrado existe arte com identidade própria e que há um movimento negro recontando e contando a sua própria história”, compartilha.

Serviço

Exposição “Obirin Omi – Mulheres Água”, de Raquel Rocha
Quando: 12 de setembro a 11 de outubro de 2025. Pré-abertura em 11 de setembro, às 17h, com performance “Omi Eró”.
Onde: Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea (Instituto Pretos Novos), Gamboa, Rio de Janeiro (RJ).
Horário: abertura e pré-abertura às 17h.
Entrada: gratuita.

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