Leilão da CELGPAR vira alvo de ação judicial por suspeita de venda abaixo do valor
Deputado Mauro Rubem e STIUEG entram com ação para suspender a venda da estatal, acusando o governo de subavaliar o valor da empresa
O deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO) e o Sindicato dos Urbanitários de Goiás (STIUEG) entraram com uma Ação Popular na Justiça para tentar impedir o leilão da Companhia CELG de Participações (CELGPAR), empresa pública goiana que atua no setor de transmissão de energia.
A Companhia Celg de Participações – CelgPAR foi criada em dezembro de 2006, pelo Governo do Estado de Goiás, tendo como objeto social principal a participação em outras sociedades como acionista ou sócio-cotista, controlando desde o momento de sua instituição a então Companhia Energética de Goiás – Celg, que foi constituída, em 16/02/1956.
O leilão está marcado para esta sexta-feira (03),, mas a ação pede urgência na suspensão da venda, alegando que o valor da empresa foi subestimado em até R$ 198 milhões, segundo relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO).
“É um absurdo vender uma empresa estratégica, ainda mais em ano de eleição. Estamos tentando impedir um prejuízo grave e irreversível para o povo de Goiás”, afirmou Mauro Rubem.
Segundo os autores da ação, o leilão é ilegal, imoral e lesivo ao patrimônio público. Eles argumentam que a CELGPAR dá lucro, é estratégica para o setor elétrico e deveria ser fortalecida, e não vendida.
O presidente do STIUEG, João Maria de Oliveira, fez um apelo à população: “A CELGPAR vai ser vendida a preço de banana. É preciso que todos fiquem atentos e cobrem responsabilidade do governo.”
A ação pede que o governo de Goiás só possa seguir com a venda após estudos técnicos independentes provarem que a privatização é realmente vantajosa para o Estado.
Deputado Mauro Rubem e representantes do STIUEG protocolam ação no TJ-GO para suspender o leilão da CELGPAR.