Padre Kelmon (PL-SP) esteve na tarde desta quarta-feira (19/11) em frente ao condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico (DF), onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. O religioso afirmou que foi ao local para orar e prestar apoio espiritual. Contudo, ele não entrou no condomínio porque não formalizou um pedido de visita ao Supremo Tribunal Federal. Assim, permaneceu apenas alguns minutos diante da portaria e retornou a São Paulo.

Visita de Padre Kelmon

A visita ocorreu dias após Bolsonaro completar 100 dias de prisão domiciliar. O ex-presidente está em casa desde 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. O STF publicou, nesta terça-feira (18/11), o acórdão que rejeita os recursos apresentados por sua defesa e por outros seis condenados no caso da trama golpista. A publicação abriu o prazo para a apresentação dos segundos embargos.

Kelmon declarou que buscou realizar uma oração “à distância” e que sua ida tinha caráter espiritual. Segundo ele, o objetivo foi interceder pelo ex-presidente. O religioso afirmou ser admirador de Bolsonaro, mas destacou que estava ali para exercer seu papel sacerdotal. Ele declarou acreditar que o ex-presidente terá mudanças no cenário jurídico, embora o caso siga em tramitação no STF.

Além disso, Kelmon afirmou ter se encontrado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele declarou que ela está “firme” e empenhada em acompanhar a situação do marido. O religioso disse que Michelle demonstrou confiança e tranquilidade durante a conversa.

A permanência de Kelmon em frente ao condomínio foi breve. Ele afirmou que pretendia apenas fazer uma oração rápida antes de retornar à sua agenda. A ação ocorreu em meio a debates sobre a situação processual de Bolsonaro. Sendo assim, a visita repercutiu entre apoiadores do ex-presidente e ampliou a movimentação ao redor do condomínio nos últimos dias.

O processo relacionado ao caso da tentativa de ruptura institucional segue em análise no STF. O julgamento dos embargos foi concluído recentemente. Com isso, a defesa precisa apresentar novos argumentos dentro do prazo estabelecido após a publicação do acórdão.