Em visita ao pai, Flávio Bolsonaro diz ter selado trégua com Michelle após trocas de farpas
Flávio descreve pedido de desculpas e promete mudanças na condução das decisões do partido
O senador Flávio Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (2/12), que a crise interna envolvendo ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro caminha para um desfecho. A declaração ocorreu após visita ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso preventivamente na sede da Polícia Federal desde 22 de novembro. A princípio, Flávio disse ter explicado a Jair os fatos que marcaram os últimos dias, especialmente a disputa pública sobre eventual aproximação do PL com Ciro Gomes.

Atualização sobre o conflito familiar
Segundo Flávio, Bolsonaro possui acesso restrito às informações externas. Sendo assim, o senador relatou que precisou detalhar todo o episódio que envolveu declarações desencontradas, interpretações divergentes e críticas trocadas entre ele e Michelle. “Expliquei pra ele o que tinha acontecido”, afirmou. O parlamentar disse que o pai acompanha apenas programação aberta na televisão da cela, o que teria dificultado a compreensão sobre a dimensão da crise.
A princípio, Flávio também confirmou que conversou diretamente com Michelle. Ele declarou ter pedido desculpas e disse que ambos reconheceram falhas de comunicação que ampliaram a tensão. Enfim, o senador afirmou que o episódio está superado.

Reorganização das decisões do partido, segundo Flávio
Por fim, Flávio anunciou mudanças na forma como o PL definirá suas estratégias. Ele contou que haverá uma reunião ainda nesta terça-feira para organizar uma rotina de decisões conjuntas, com participação das principais lideranças. Ou seja, a palavra final caberá a Jair Bolsonaro, que continuará a orientar os rumos da sigla.
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O senador negou que o apoio ao nome de Ciro Gomes para eventual composição no Ceará estivesse decidido. Segundo ele, o assunto ainda passará por discussão interna. “Isso vai ser conversado entre a gente, pra depois o presidente Bolsonaro dar a palavra final”, disse.

Ainda assim, Flávio avaliou que o atrito recente serviu para reorganizar processos. Ele declarou acreditar que conflitos semelhantes serão evitados no período pré-eleitoral de 2026. “As chances de errar são menores”, afirmou.