O anunciado ato pela anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, previsto para este domingo (7/12), gerou divergências entre lideranças bolsonaristas em São Paulo. A mobilização foi convocada pelo ex-candidato à Presidência Padre Kelmon e pelo vice-prefeito da capital, Mello Araújo. No entanto, o pastor Silas Malafaia, responsável por organizar os últimos grandes atos do grupo na cidade, reagiu publicamente e criticou a iniciativa.

A manifestação será iniciada às 13h, na avenida Paulista, em frente ao prédio da TV Gazeta. Depois disso, os participantes seguirão em caminhada até a Catedral da Sé, no centro da capital. A proposta do ato é defender a anistia e a liberdade de apoiadores do ex-presidente que estão presos.

Malafaia questiona representatividade da convocação de Padre Kelmon

Logo após a convocação, Malafaia afirmou que a mobilização não representa o grupo que costuma organizar atos bolsonaristas na capital paulista. Assim, classificou a iniciativa como tentativa de protagonismo político. O pastor declarou que “famosos anônimos” buscam visibilidade sem capacidade de mobilização.

Leia também: Nova lei na Itália permite moradia de brasileiros descendentes de italianos

Kelmon divulgou um vídeo em que convoca os apoiadores de Bolsonaro. Ele pede união e participação em uma “grande caminhada pela anistia e pela liberdade”. No entanto, Malafaia sugeriu que a iniciativa tem relação com eleições futuras e afirmou que Kelmon busca espaço político.

Vice-prefeito Mello Araújo reforça apoio ao ato

Além de Padre Kelmon, o vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo, também tem incentivado a participação. Ele afirma que considera a pauta prioritária e que a manifestação deve ocorrer mesmo com possibilidade de adesão baixa. Mello declarou que não busca protagonismo e que a mobilização precisa começar de alguma forma.

Diversos políticos do grupo em São Paulo afirmaram desconhecer a organização do ato. Ainda assim, o vice-prefeito disse ter recebido confirmações de apoiadores do interior do estado. Segundo ele, grupos de cidades como Amparo indicaram que participarão.

Expectativa é de mobilização menor

Mello Araújo explicou que o ato não deve repetir o tamanho das manifestações anteriores organizadas por Malafaia. Ele afirmou que a expectativa é modesta, mas, segundo ele, necessária para iniciar um novo movimento pela pauta da anistia.

A manifestação ocorre no contexto das reações à prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada em 22 de novembro. Desde então, diferentes grupos têm tentado organizar agendas públicas em defesa do ex-presidente.