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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
OSLO

María Corina não participa de cerimônia da entrega do Nobel

Após a venezuelana não conseguir chegar na cerimônia, filha de Corina recebe o prêmio

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 10 de dezembro de 2025
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Foto: Carlos Díaz/ Wikimedia Commons

A cerimônia do Prêmio Nobel da Paz começou nesta quarta-feira (10) em Oslo sem a presença da vencedora, María Corina Machado. A líder venezuelana tentou chegar ao evento em uma operação sigilosa revelada por uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal, mas não conseguiu chegar à capital norueguesa a tempo.

Segundo o jornal, fontes do governo norte-americano informaram que Machado deixou a Venezuela de barco 24 horas antes da cerimônia e seguiu até Curaçao, de onde embarcou em um voo para Oslo. Autoridades dos Estados Unidos, aliados e familiares estavam a par do plano e buscavam impedir que a movimentação fosse descoberta pelo governo de Nicolás Maduro.

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Foto: Reprodução/ @NobelPrize

A tentativa, porém, não garantiu sua chegada ao palco da premiação. A filha, Ana Corina Machado, representou a mãe e recebeu o Nobel, afirmando durante a cerimônia que ela seguia “a caminho” e poderia permanecer na Noruega por algum período. Ana Corina também leu o discurso preparado por Machado. No texto, a opositora acusou o regime de Nicolás Maduro de praticar “terrorismo de Estado”, classificou o chavismo como responsável por uma “corrupção obscena” e chamou o governo venezuelano de “ditadura brutal”.

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Foto: Reprodução/ @NobelPrize

A cerimônia teve entre seus convidados o rei Harald, a rainha Sonja e presidentes latino-americanos, como Javier Milei, Daniel Noboa, José Raúl Mulino e Santiago Peña. Também estiveram presentes a mãe da opositora e Edmundo González, candidato que afirma ter vencido as últimas eleições venezuelanas.

Corina demonstra apoio às operações dos EUA no Caribe e Pacífico

Ainda, grupos pacifistas e setores da esquerda norueguesa protestaram diante do Instituto Nobel com faixas que diziam “Não ao Prêmio Nobel da Paz para belicistas” e “EUA, tire as mãos da América Latina!”. Machado havia demonstrado apoio às operações militares dos EUA no Caribe e no Pacífico, que deixaram ao menos 87 mortos em ações contra embarcações acusadas de envolvimento com narcotráfico. Ao ser anunciada como vencedora, ela declarou: “Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!”.

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