Goiânia é a cidade com maior valorização de imóveis para aluguel de todo o Brasil. De acordo com o Índice FipeZap, em 2023, o preço de imóveis para locação no país acumulou alta de 16,16%, em média. O aumento, inclusive, ficou bem acima da inflação oficial do país no ano passado, que foi de 4,62%, conforme a medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Ainda segundo os dados do Índice FipeZap, o crescimento no preço dos imóveis para locação foi ainda maior nas capitais brasileiras. Nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, o aumento em 2023 foi de 13,28% e 19,79%, respectivamente. Todavia, Goiânia teve um salto ainda maior, com variação positiva de 37,28% em apenas um ano, liderando a valorização de imóveis para aluguel.

Além de Goiânia, completam o pódio de aluguéis que mais encareceram Florianópolis e Fortaleza, com altas de 27,68% e 21,95%, respectivamente. O índice FipeZap monitora 25 cidades brasileiras, incluindo 11 capitais, a partir de milhares de anúncios do portal Zap Imóveis desde 2010. Em 2023, o índice apontou valorização do preço dos aluguéis em todos os municípios avaliados.

Aluguel mais caro

O aumento significativo nos valores de aluguel nas capitais foi superior à inflação oficial do país em 2023. Isso ocorreu no mesmo ano em que o IGP-M, utilizado como referência para os ajustes locatícios, apresentou uma queda de 3,18%. De acordo com os dados do FipeZap, esse crescimento é predominantemente observado nos novos contratos firmados no ano passado.

Em um cenário de juros elevados, é comum que potenciais compradores adiem suas decisões de compra de imóveis a fim de buscar condições mais favoráveis. Dessa forma, impulsiona-se a demanda por aluguéis. Isso ocorre, especialmente, devido ao caráter de longo prazo dos compromissos financeiros envolvidos nos financiamentos imobiliários.

Goiânia deve manter tendência de alta

Conforme apontam especialistas, o valor do aluguel em Goiânia e demais capitais brasileiras deve permanecer com tendência de alta em 2024. Isso porque, mesmo que a taxa básica de juros continue sofrendo reduções, os efeitos no financiamento de imóveis só devem ser sentidos entre 2025 e 2026. Ao longo deste ano, o Banco Central deve continuar cortando a taxa de juros. Com isso, gradualmente, as pessoas se interessem em comprar um imóvel, abaixando o preço de locação a longo prazo.