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sábado, 10 de agosto de 2024
Foco Eleitoral

PT aposta em nome que “vive Goiânia” para estar no 2º turno

Dirigente, vereadora de Goiânia, Katia Maria, afirma que “as pessoas estão sofrendo” e que capital merece gestor que conheça a cidade

Postado em 31 de janeiro de 2024 por Yago Sales
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Katia Maria é o nome mais burocrático, que segue o rito mais político e, às vezes, decisivo do partido do presidente Lula da Silva em Goiás. Na Câmara Municipal, ocupa a vaga que, até 2022, era de Mauro Rubem – ele foi eleito deputado estadual. Katia era suplente. Agora, com voz firme na tribuna, além de ter de exercer o papel de oposição, precisará ser voz dentro da legenda para articular chapa, sendo cabeça ou não, à disputa ao Paço em outubro. 

Claro, como presidente estadual do PT, Katia também precisa estar atenta à corrida eleitoral nos 246 municípios. Por isso a importância de ter, como escudeiros, outros nomes do quadro do petismo goiano, sobretudo aqueles com mandatos: a estrela mais vermelha, a deputada federal Delegada Adriana Accorsi; o deputado federal Rubens Otoni; e os deputados estaduais Bia de Lima e Antônio Gomide. Entre tantos vereadores e alguns prefeitos. 

Não existe nenhuma expectativa expectante que o Partido dos Trabalhadores conquiste, do jeito que sonha, prefeituras suficientemente capazes de aumentar a auto-estima de Lula nos municípios, salgando, ainda mais, o salmão do sonho da reeleição do petista em 2026. 

Por isso, Goiânia tem sido um alvo importante. Existem conversas que, por enquanto, não passam de palavras ao vento, inclusive, de composição do PT com o senador Vanderlan Cardoso (PSD) tendo Adriana Accorsi, claro, na chapa. Afinal, é Adriana aquela a quem Lula mais tem apreço entre os petistas goianos. É Adriana que tem maior potencial na disputa eleitoral na cidade que já foi gerida pelo pai da petista: Darci Accorsi nos primeiros anos da década de 1990. 

Depois, o PT conseguiu eleger outro político, o médico Paulo Garcia ao Paço, que comandou a cidade entre abril de 2010 e dezembro de 2016. A legenda perambulou nos pleitos seguidos, sem sucesso. Agora, considerando o atual mandatário, Rogério Cruz (Republicanos), um tanto quanto frágil na corrida pela reeleição, o PT quer aproveitar o vácuo de poder que se estabelece e chegar forte em outubro. 

A estratégia, com isso, é a fritura do atual prefeito. E é justamente esta a postura de Katia Maria em entrevista ao jornal O Hoje. “Goiânia vive um momento muito delicado. A cidade está um caos, suja e abandonada”, critica ela, com discurso de vereadora de oposição e, claro, presidente de partido que quer, sim, lançar alguém que se oponha a Cruz. 

E ela continua: “As pessoas estão sofrendo com a falta de saúde, a crise na educação, o transporte coletivo de baixa qualidade”. Para ela, ainda: “Goiânia merece um prefeito ou prefeita que conheça a cidade e seus problemas. Não basta ser gestor, é preciso ter identidade com a cidade e a nossa gente”. 

Por isso, propõe: “O PT vai trabalhar para estar no 2° turno e acreditamos que ter uma candidata que vive Goiânia e conhece sua realidade faz diferença”. Perguntada sobre o assunto mais quente na crônica política, no caso a chegada de Jânio Darrot na disputa pela pré-campanha na base do governador Ronaldo Caiado, ela, discreta, aponta: “Respeitamos aqueles que acreditam que podem construir uma candidatura do zero, a partir da máquina do estado”.

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