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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Guerra

Netanyahu ordena que Exército estabeleça ‘plano de retirada’ para civis de Rafah 

A cidade é um dos últimos refúgios daqueles que vivem na Faixa de Gaza | Foto: World Economic Forum/Jolanda Flubacher

Postado em 9 de fevereiro de 2024 por Isadora Miranda
A cidade é um dos últimos refúgios daqueles que vivem na Faixa de Gaza | Foto: World Economic Forum/Jolanda Flubacher

Nesta sexta-feira (9), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, impôs que seu Exército planejasse a retirada a população civil de Rafah, localizada na fronteira entre Gaza e Egito.  

A cidade, que fica ao extremo sul da Faixa de Gaza, é reconhecida como um dos últimos refúgios de civis que vêm das mais variadas partes do país. De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 1,3 milhão de pessoas estão em Rafah.  

Em documento, publicado pelo gabinete de Netanyahu, é afirmado que uma operação em larga escala implica na necessidade de se retirar a população civil de zonas de combate. “É por isso que o primeiro-ministro instruiu as Forças de Defesa de Israel e os setores da Defesa a levarem a seu escritório um plano para a retirada da população e desmantelamento dos batalhões ao mesmo tempo”, explica o texto.  

Proposta de cessar-fogo

Na quarta-feira (7), o premiê israelense rejeitou a contraproposta de cessar-fogo, feita pelo Hamas, após plano apresentado por Israel há duas semanas — o qual havia sido negociado entre mediadores do Catar, Estados Unidos e Egito, em Paris. Ele consistia num cessar-fogo de 6 semanas, além da liberação de 130 reféns, que estão em Gaza, por prisioneiros palestinos, encarcerados em Israel. Entretanto, Netanyahu rejeitou, incisivamente, o pedido e disse, inclusive, estar a caminho de uma “vitória absoluta”. “Não há outra solução”, finalizou.  

Um ponto de divergência entre as partes são os números de pessoas que serão libertas, entre palestinos e israelenses. 

Ataques  

Nesta sexta-feira (9), Israel bombardeou alvos localizados em Rafah. O Egito, por sua vez, não permite que palestinos entrem em seu território — apenas em casos extraordinários. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a ocupação em Rafah pode culminar em consequências humanitárias desastrosas.  

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