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domingo, 24 de novembro de 2024
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Recurso

Goiás vai receber R$ 18 milhões do Governo Federal para intensificar ações de combate à dengue

Primeira parcela do montante deve ser enviada para o Estado ainda nesta semana, de acordo com o titular da SES-GO Rasível dos Reis

Postado em 23 de fevereiro de 2024 por Ronilma Pinheiro
A decisão ocorreu na última terça-feira (20) durante um encontro do secretário com a ministra da saúde Nísia Trindade no Ministério da Saúde (MS) em Brasília | Foto: Divulgação

O Estado de Goiás vai receber R$18 milhões do governo Federal para intensificar as ações de combate à dengue, a informação foi divulgada pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Rasível dos Reis, durante coletiva de imprensa na quarta-feira (21).

A decisão ocorreu na última terça-feira (20) durante um encontro do secretário com a ministra da saúde Nísia Trindade no Ministério da Saúde (MS) em Brasília. O recurso pode ser utilizado tanto nos atendimentos de urgência quanto nas ações de vigilância sanitária. Além disso, os municípios que decretaram situação de emergência em saúde, também podem requisitar o recurso junto ao MS.

Rasível destaca que no caso dos municípios podem receber parcelas adicionais de recurso tanto para a os cuidados da atenção primária, quanto para a vigilância e departamento especializado nos serviços de urgência e emergência.

Goiás já registrou 21.513 casos confirmados de dengue em 2024, com 53.496 notificações, segundo dados da SES. Ao todo, 9 mortes foram confirmadas pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, sendo 3 em Uruaçu, 1 em Cristalina, 1 em Águas Lindas e 1 em Iporá, 1 em Goiânia, 1 em Anápolis e 1 em Luziânia. Outros 65 óbitos suspeitos estão em investigação.

Em 2023, o número de casos confirmados durante todo o ano foi de 69.173, sendo 123.902 notificações e 41 óbitos. Já nas sete primeiras semanas do ano foram registrados 20.503 e 6 óbitos confirmados. Quando comparadas as notificações nas sete primeiras semanas de 2024, quando o Estado registrou 53.277, com o mesmo período de 2023 , quando esse número foi de 20.503, é observado um aumento de 159% nos registros de dengue, em Goiás. 

Atualmente, 108 municípios estão em situação de emergência para arboviroses, segundo o diagrama de controle. Com o intuito de enfrentar a crise epidemiológica no Estado, foram instalados gabinetes de crises em 84 municípios goianos.

Diante disso, o secretário reforça que a população precisa se engajar mais no combate à dengue, porque o aumento de casos é um reflexo da não participação da comunidade nas ações. “ A gente precisa transformar informação em ação, precisamos levantar e ir até ao jardim, ir até aos ralos, ir até a caixa d’água, para eliminarmos os criadouros do mosquito”, afirma o titular.

Ao alertar a população sobre o comodismo em relação ao combate ao mosquito, Rasível lembra que a dengue é uma doença antiga mas que o sorotipo 2 tem causado maiores problemas, como o aumento do número de internações e a incidência de casos graves de dengue. “Estamos estudando essa questão, mas o que a gente tem percebido é que os casos têm ficado mais graves”, salienta.

A parceria entre poder público e população é algo necessário para o enfrentamento do problema de saúde, é o que destaca o titular da pasta ao afirmar que sem o apoio da comunidade a Saúde terá muita dificuldade em combater o mosquito Aedes Aegypti, uma vez que cerca de 70 a 80% dos focos estão dentro das residências. “Como o mosquito não tem autonomia de voo longo, mas essa distância fica em torno de 100 metros, o inseto que está nos picando é o mosquito que está no nosso quintal ou do vizinho”, comenta.

A Superintende de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, destaca que apesar do cenário preocupante o pico de casos, historicamente só ocorre entre fevereiro e março, então, ainda não é possível afirmar que Goiás já chegou em seu estado mais crítico.

Flúvia relembra ainda que o Estado foi o primeiro no país a identificar a linhagem do DEN-2, em maio de 2022. Ao todo, o vírus da dengue se apresenta em quatro sorotipos que estão em circulação no Brasil: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. E dentro desse tipo, foi identificado uma linhagem diferente que foi a primeira registrada no país, de acordo com a superintendente.

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