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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Eleições

Eleição do UB pode definir futuro de Caiado em 2026

Pleito pode conduzir ao cargo de presidente do UB Antônio Rueda, contrariando tentativa de recondução de Luciano Bivar, aliado de Lula

Postado em 29 de fevereiro de 2024 por Yago Sales
Pleito pode conduzir ao cargo de presidente do UB Antônio Rueda

Não é nenhuma novidade: O União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado – ele é o presidente da sigla em Goiás – está rachado. Enquanto uma ala, mais conservadora, antipetista e, claro, mais próxima de Jair Bolsonaro, quer mesmo é o desmoronamento do governo Lula, outra, mais governista, abraçada com a gestão petista, quer paz e amor. 

Tudo tem a ver, evidentemente, com o fisiologismo do atual presidente, Luciano Bivar. Ele, criticado por muitos deputados da sua própria legenda pela proximidade com Lula, com quem conseguiu três indicações no primeiro escalão, quer continuar dominando o partido. O que é bom para Lula. 

Com isso, Lula mantém as rédeas da legenda que detém uma força política tradicional, consolidada, com nomes que não estão para brincadeira em um país, ainda, conflagrado. Partido ao meio, como se pôde perceber na última eleição. E, sem dúvidas, com o verde e amarelo estendido, como um carpete, na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25).

Deputado, Luciano Bivar não quer – e não deve por motivos óbvios, imagina perder o poder e deixar de dar as cartas – ceder para a candidatura de Antônio Rueda que tem lastro com Caiado. 

Para contextualizar: Bivar é ex-presidente do PSL, aquele partido com o qual Jair Bolsonaro conseguiu viabilidade para adentrar pela porta do voto ao Palácio da Alvorada em 2018. Depois, rompeu com Bivar e, durante conversa com O PL, arrastou multidão de parlamentares à sigla com a qual tem boa relação até hoje. 

Este PSL, contudo, fundiu-se com o Democratas tornando-se o União Brasil. Luciano Bivar herdou a presidência da sigla. E, agora, quer continuar sendo o manda chuva. Para tanto, segundo publicou reportagem do jornal O Hoje nesta segunda-feira (26), Bivar tem recorrido, de maneira incômoda, a aliados do então PSL. Quer apoio para permanecer na cadeira de presidente da legenda. 

A oposição interna ao nome de Bivar é sustentada por críticos pelo alinhamento ao presidente Lula. A única maneira de o deputado ser reconduzido ao cargo é a desistência do adversário Rueda. Uma das principais razões para o desejo de muitos de vê-lo fora do cargo é a constante capacidade de causar crises com governadores que, inclusive, ameaçaram deixar o partido, entre eles Rio, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Acre. 

De olho no espólio político-eleitoral de Jair Bolsonaro, inelegível, por ora, até 2030, Caiado tem se postulado como candidato da direita em 2026 – pelo União Brasil, claro, partido que tem, por causa do DEM, grande afinidade. Caiado é uma estrela na legenda. 

A voz inconfundível do governador goiano tem sido reverberada em entrevistas à mídia tradicional. Sob a pauta da segurança pública, contra os rastros do crime organizado, repete jargões. De qualquer maneira, é desconfortável ver a sua sigla intrometida com o governo Lula, com o qual Caiado se tornou um dos críticos mais ferozes. 

Se tornando candidato em 2026, vai, com UB ou não, voltar à crítica pesada ao partido e ao governo de Lula. E deverá ser confrontado. Mas aí é outra história. Faz parte de qualquer roteiro eleitoral. O negócio é se Bivar, convencido pelos encantos de Lula, decidir brecar candidatura de Caiado ou outro. Tudo pode acontecer nos meandros da política brasileira. Tudo.

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