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sábado, 10 de agosto de 2024
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Proibiu o desmonte

Freire Gomes teria proibido desmonte de acampamentos no QG de Brasília por ordem de Bolsonaro 

O depoimento do ex-comandante do Exército foi considerado, pelos investigadores da Polícia Federal (PF), como crucial para a investigação

Postado em 5 de março de 2024 por Isadora Miranda
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O depoimento do ex-comandante do Exército foi considerado

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes alegou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que teria corroborado com a manutenção dos acampamentos pró-Bolsonaro que se formaram ao redor do Quartel-General de Brasília devido a solicitações do ex-presidente.  

No dia 11 de novembro de 2022, os ex-comandantes do Exército, Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB) – Freire Gomes, Almir Garnier e Carlos de Almeida Baptista Junior, respectivamente —, assinaram a nota “Às Instituições e ao Povo Brasileiro”. “São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”, informa o texto.  

48 dias após a assinatura do documento, em 29 de dezembro do mesmo ano, o general Gustavo Henrique Dutra, responsável pelo Comando Militar do Planalto, determinou que os acampamentos no QG de Brasília acabassem. Entretanto, Freire Gomes, seguindo pedidos de Bolsonaro, contrariou a determinação antes estabelecida, ligando para o general e proibindo o desmonte.  

Segundo fontes, o testemunho de Freire Gomes foi considerado, pelos investigadores da PF, como mais um forte indício da suposta ligação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro com as tramas golpistas.

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