Caiado nega estremecimento em relação com Bolsonaro e fala sobre 8 de janeiro: ‘É desordem, falta de comando, falta de gestão’
Em entrevista ao UOL, transmitida nesta sexta-feira (08), Ronaldo Caiado (União Brasil) falou sobre temas polêmicos — como anistia, 8 de janeiro e eleições de 2026
Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, revelou que, mesmo divergindo em alguns ideais, sua relação com Bolsonaro continua normal. “’Não está tendo apoio do ex-presidente Bolsonaro’… pelo contrário! Ele esteve aqui [em Goiás] quatro vezes, foi meu hóspede no Palácio das Esmeraldas, tive oportunidade de conversar bastante com ele, oportunidade de estar com ele em São Paulo, agora, no dia do evento, na Paulista”, afirmou em entrevista para o UOL.
Além disso, deixou claro que pensa, sim, em entrar na disputa pela presidência. “Por ser um partido estruturado hoje no Brasil, é lógico que o partido [União Brasil] vai lançar um candidato à Presidência da República. Eu nunca escondi a minha vontade de poder disputar novamente. Já fiz meu trajeto de deputado federal, senador, dois mandatos de governador, e me sinto em condições de apresentar o meu nome ao União Brasil”, assegurou.
Ao falar sobre seu posicionamento político, ele foi incisivo: “Nunca fui cordeirinho, não sou vaca de presépio para dizer amém”. Segundo o político, sempre houve coerência em suas posições e, também, independência moral.
Anistia de Bolsonaro e militares
Caiado utilizou a anistia de Juscelino Kubitschek como argumento para defender a anistia, para que, dessa forma, a “calma” seja alcançada no País. “Eu fui o primeiro político a pronunciar sobre anistia. É o seguinte: não é a cultura do Brasil ficar nessa retaliação. Eu fui o único governador a proibir o tráfego de ônibus para Brasília. Isso é invasão. No meu estado, não admito invasão, (…) não existe isso em Goiás. é desordem, falto de comando, falta de gestão.”
Ademais, ressaltou a importância de evitar, futuramente, atos como os ocorridos no 8 de janeiro. “Tem que se educar. Não deixar que, amanhã, qualquer governo se exponha a esse nível de vândalos”, declarou. No fim, completou sua tese inferindo que a Justiça deve ser balanceada: “Acho que a lei vale para todos, não pode ser seletiva”, declarou.