Documentos obtidos pela Polícia Federal (PF), conforme relatos da agência internacional de notícias Reuters, apontam que o general Walter Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022, desempenhou um papel fundamental em uma conspiração para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a Reuters, Braga Netto teria atuado como incentivador e influenciador entre os comandantes do Exército, discutindo detalhes logísticos para a participação de membros de uma unidade de guerrilha do Exército, os chamados “kids pretos”, nos eventos do 8 de Janeiro, em Brasília.

A agência também revela que os investigadores suspeitam que Braga Netto tenha participado da articulação do financiamento dos eventos, não apenas para bancar os militares, mas também para garantir recursos aos manifestantes acampados em frente ao quartel de Brasília.A presença dos militares de elite nos atos já era alvo de investigação, com suspeitas de sua coordenação na invasão dos Três Poderes. As informações levantadas sugerem um envolvimento mais amplo do general Braga Netto no planejamento dos eventos de 8 de Janeiro, indo além das menções anteriores sobre seu papel na obtenção de recursos para o deslocamento dos militares. Até o momento, a Polícia Federal não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.