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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Suspeito

Jair Renan Bolsonaro vira réu por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documento falso

Filho de ex-presidente Bolsonaro é acusado de falsificar resultados financeiros de empresa

Postado em 28 de março de 2024 por Isadora Miranda
Filho de ex-presidente Bolsonaro é acusado de falsificar resultados financeiros de empresa | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Em decorrência de um processo judicial, Jair Renan Bolsonaro, de 25 anos, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tornou-se réu e enfrentará acusações de falsidade ideológica, lavagem de capitais e utilização de documento falso.

Os fatos que levaram a essa decisão remontam a suspeitas de fraude documental para obtenção de empréstimos. As investigações sugerem que Jair Renan teria manipulado registros de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, com o intuito de assegurar um empréstimo de R$ 157 mil em 2022, seguido por outros empréstimos em 2023, totalizando R$ 251 mil e R$ 291 mil. Adicionalmente, há alegações de inadimplência bancária por parte de Jair Renan.

O instrutor de tiro Maciel Alves de Carvalho, também implicado nos crimes, foi alvo da Operação Nexum, em agosto do ano anterior, que investigava um grupo suspeito de praticar estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Após o relatório da investigação ter sido remetido à Justiça em fevereiro, ambos foram indiciados pela Polícia Civil e acusados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O processo está em tramitação na 5ª Vara Criminal de Brasília, sob sigilo.

Em resposta às acusações, a defesa de Jair Renan alega ser vítima de um “golpe” perpetrado por terceiros, sem revelar a identidade do suposto golpista. Enquanto isso, a defesa de Maciel Alves de Carvalho ainda não se pronunciou.

Os desdobramentos da operação policial de agosto de 2023, que envolveu busca e apreensão em dois endereços ligados a Jair Renan, além de mandados de prisão, indicavam suspeitas de atuação do grupo através de laranjas e empresas de fachada. Maciel, apontado como mentor do esquema, já havia sido alvo de outras duas operações policiais naquele ano, relacionadas à falsificação de documentos e notas fiscais.

A Polícia Civil do Distrito Federal destacou que os investigados falsificaram documentos e mantiveram movimentações financeiras suspeitas, inclusive com possível envio de valores para o exterior, revelando um complexo esquema criminoso.

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