Partidos abrem as portas para projeto de Vilmar Mariano em Aparecida
Nos bastidores, comentário é que o Podemos seria a principal alternativa
“Sexta-feira é o dia D”. É assim que um observador da política aparecidense classifica o próximo dia 5, quando se encerra o prazo da janela partidária, quando Vilmar Mariano, atualmente no MDB, vai poder filiar-se em algum partido. Isto, claro, não tenha, até lá, garantias de que a legenda de Daniel Vilela, sob a benção de Gustavo Mendanha, apoie o projeto de reeleição.
O clima no grupo emedebista, no entanto, é preocupante. Vilmar Mariano amarga ameaças do grupo, comandando por Gustavo Mendanha, de, ao invés de lançá-lo, escolher Leandro Vilela. Sobrinho de Maguito, ou seja, primo de Daniel Vilela, a principal missão de Leandro, caso seja o prefeito, é tornar-se um importante cabo eleitoral de Daniel em 2026, quando ele disputará à principal cadeira do executivo goiano, como governador e moradia na Casa Verde, na Praça Cívica.
Faz parte do jogo político-partidário. Se o nome escolhido por determinado grupo não avança, é substituído para dar lugar a outro que pode vencer o adversário. Neste caso, a principal ameaça é a pré-candidatura do deputado federal Professor Alcides (PL). O parlamentar, conhecido na cidade pelo empresariado na área de educação, pode ter no palanque o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Vilmar, no entanto, não quer desistir de tentar a reeleição. Para tanto, poderá filiar-se ao Podemos do deputado federal Glaustin da Fokus, que, inclusive, havia sido cogitado para disputar o pleito em outubro próximo. Outra saída para Vilmar, caso o MDB o inviabilize é o PRD da deputada federal Magda Mofatto. Ou até mesmo o Republicanos de Marcos Pereira.
Com o pacotão de obras, contudo, há, entre integrantes do staff político de Vilmarzinho, a expectativa de que ele cresça, pelo menos, para correr pelo 2° turno. O problema, agora, é lidar com a proximidade com que o nome de Leandro Vilela tem surgido, sobretudo, no Palácio Maguito Vilela – sede do executivo de Aparecida de Goiânia.
Enquanto isso, vereadores da cidade se movimentam para pular do barco. Não do grupo do qual Vilmar participa, que conta com o peso pesado do governador Ronaldo Caiado, do vice-governador Daniel Vilela, sob a influente cartada de Gustavo Mendanha. A principal ideia é evitar que Professor Alcides vença o pleito e modifique toda a estrutura montada, há quase duas décadas, pelo emedebismo fortalecido no município pelas duas gestões do ex-prefeito Maguito Vilela.
Por isso, quiçá, a maior preocupação é quanto à falta de contraponto entre Vilmar Mariano e o Professor Alcides. Outro ponto é que, ao que tudo indica, perdeu o seu principal cabo eleitoral, o ex-prefeito Gustavo Mendanha. Por enquanto o destino de Vilmar é uma incógnita. Há inúmeros interesses capazes, inclusive, de frear o sonho da recondução de Vilmar Mariano, considerado o mais fiel dos mendanhistas quando este foi praticamente abandonado por diversas lideranças – muitos prefeitos e deputados – ao enfrentar Caiado na campanha ao governo em 2022.