Com o atentado contra o ex-presidente Donald Trump em destaque, surge uma preocupação crucial em ano político no Brasil: os casos de violência política têm aumentado significativamente. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram registrados quase 190 episódios de agressões, ameaças e até homicídios contra líderes políticos, conforme dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Esse cenário suscita sérias questões sobre a segurança dos candidatos e a integridade do processo democrático no país. Em maio, houve o maior número de episódios, com 51 registros de violência envolvendo deputados, prefeitos, vereadores e outras lideranças.

Os tipos de violência incluem ameaças, agressões, homicídios, atentados e sequestros, sendo que ameaças e agressões foram os mais comuns. No total, foram 43 assassinatos de políticos e seus familiares, com destaque para ocorrências no Rio de Janeiro (6), Bahia (4) e Ceará (4). Um exemplo trágico foi o assassinato de Juliana Lira de Souza, conhecida como “Nega Juh”, pré-candidata a vereadora em Nova Iguaçu (RJ). Os partidos mais afetados foram PL (21 casos), PT (16), PSB (11) e PP (11).