Na última segunda-feira, 15 de julho, o empresário Maick Xavier de Carvalho, de 31 anos, veio a óbito enquanto manuseava um equipamento elétrico em sua residência, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O acidente resultou em fraturas no crânio, perda de massa encefálica e morte instantânea.

Segundo a perícia realizada pela Polícia Civil, no local do acidente foi encontrado um equipamento semelhante a uma lixadeira em condições inadequadas para uso. No entanto, ainda não foi determinado oficialmente qual aparelho foi responsável pela fatalidade.

O primo da vítima, Yago Junior, contestou a hipótese de explosão inicialmente levantada e afirmou que Maick estava realizando uma adaptação em uma peça, algo que costumava fazer por prazer.

“Ele adaptou um disco em um motorzinho. Ele estava testando para rodar e, na hora que estava rodando, o disco desprendeu do motor e bateu na cabeça dele. Não houve explosão”, relatou o primo.

O risco das gambiarras

Para o professor do departamento de engenharia elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Osvaldo Saldanha Paulino, aproximadamente duas pessoas morrem diariamente em decorrência de acidentes envolvendo choques elétricos, além dos numerosos incêndios causados por instalações inadequadas.

Além disso, ele comenta que “é possível comprar adaptadores para todos os equipamentos. Mas isso não pode acontecer. Se uma tomada tem um determinado formato, tem inúmeros motivos para ser daquele jeito”.

Esse uso excessivo de “T” é a causa mais comum de acidentes, devido à conexão de vários aparelhos em uma única tomada. Esta prática sobrecarrega os fios alimentando a tomada, resultando em choques elétricos, danos aos aparelhos e desperdício de energia.

 O ideal é ter uma tomada para cada eletrodoméstico e evitar tentativas de reparo caseiro, optando pelo envio para conserto especializado.