Câmara Municipal tem retomada marcada por ‘eleições municipais’
Parlamentares voltaram ao plenário da Casa de Leis onde deram início à primeira sessão do segundo semestre, ocasião em que presidente em exercício contabilizou: “a exatos 63 dias da eleição”
Felipe Cardoso
Não se fala em outra coisa nos corredores da Câmara Municipal de Goiânia senão as eleições que se aproximam. Os parlamentares voltaram ao plenário na manhã da última terça-feira, 6, onde deram início à primeira sessão do segundo semestre. Antes mesmo da leitura da Bíblia Sagrada na abertura dos trabalhos — rito comum dos encontros —, o presidente em exercício, Anselmo Pereira (MDB), lembrava os colegas que 63 dias separavam o dia de ontem das eleições de outubro.
Enquanto dizia isso, outro parlamentar, filiado ao MDB do vice-governador Daniel Vilela, explicava à reportagem que o partido, apesar de ter ficado fora da chapa majoritária em Goiânia, tem trabalhado para formar a maior bancada a partir do ano que vem. “A estratégia é fazer a maior bancada. Estimamos eleger 10 ou 11 vereadores”. Questionado se a ideia também passa pela busca da presidência, acrescentou: “formando a maior bancada, já seria meio caminho andado”.
Depois, o assunto chegou à tribuna. Paulo Magalhães (UB) foi o primeiro. Ele cobrou a presença dos vereadores em plenário e disse que quem se ausentou ao longo do mandato vai pagar o preço nas eleições que se aproximam. “O povo não vai perdoar e eu vou nominar todos os ausentes aqui e mostrar nas redes sociais. O telefone celular que hoje registra tudo está nas mãos de todos. E vamos montar ao povo quem está aqui pra trabalhar, pois tem vereador aqui que entrou mudo e vai sair calado”.
Depois foi a vez do petista Fabrício Rosa usar a palavra. Sob uma ótica diferente, o assunto também veio à tona. “Adriana Accorsi (pré-candidata pelo PT) está à frente de um processo de transformação capitaneado pelas mulheres. Goiânia chegará aos 100 anos de existência tendo em seu currículo uma mulher na administração. Ela é filha de um prefeito que deixou um legado gigantesco para a nossa cidade. (…) Tenho muito orgulho de estar ao lado de uma pessoa que eu confio. Uma pessoa profundamente honesta, humana e trabalhadora. E é isso que Goiânia precisa. O povo não aguenta mais tanta politicagem barata e promessas vazias”.
Na esteira, o parlamentar ainda aproveitou para alertar os cidadãos sobre os limites de atuação dos candidatos. “Povo brasileiro, povo goianiense, fiscalize os candidatos. Conclamo a população a denunciar no aplicativo pardal. Se você, cidadão, presenciar alguma irregularidade, denuncie. É proibido carro de som sem a presença do candidato, é proibido outdoor, pintura nos muros e postes. O recurso é seu, cidadão goianiense, portanto, é preciso que se tenha ética e respeito”.
Passadas as convenções partidárias que tornaram o cenário mais claro ao revelar ‘quem estará com quem na disputa’, o foco agora recai sobre o horário eleitoral e debates. Conforme mostrado pelo jornalista Wilson Silvestre na coluna Xadrez, o avanço de novas ferramentas de marketing digital ainda não superou o velho e bom horário eleitoral do rádio e TV que irá ao ar entre os dias 30 de agosto e 3 de outubro.
Para uma parcela da população, trata-se de um estorvo que atrapalha a programação normal dos veículos de comunicação, mas o ‘palanque eletrônico’ é uma oportunidade para os candidatos a prefeito mostrarem suas propostas e convencerem o cidadão-eleitor que estão preparados para administrar a cidade.