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sábado, 10 de agosto de 2024
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Tragédia

Exame de DNA será crucial na identificação dos corpos de acidente em Vinhedo

Exames de arcada dentária, impressões digitais e antropologia forense também serão utilizados no processo de identificação

Postado em 10 de agosto de 2024 por Vitória Bronzati
Exame de DNA será crucial na identificação dos corpos de acidente em Vinhedo
A aeronave caiu em cima de algumas casas de um condomínio | Foto: Reprodução/Fligthradar24

O acidente aéreo ocorrido na tarde da última sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, envolveu um número significativo de vítimas, tornando a identificação dos corpos um desafio complexo. De acordo com a perita médica Caroline Daitx, a identificação em casos de acidentes aéreos é especialmente difícil devido à carbonização dos corpos.

A perita detalha que, além dos exames de DNA, outros métodos são utilizados para auxiliar na identificação das vítimas. “A identificação de corpos em acidente aéreos é sempre um desafio por conta da carbonização. Neste caso, serão necessários exames de DNA, além da reunião de outros elementos que ajudem na identificação, como exames de arcada dentária, ficha odontológica, fotografias que registrem o sorriso da pessoa, prontuários médicos, entre outros”, detalha.

Entre os procedimentos iniciais está a necropapiloscopia, que envolve a coleta e análise das impressões digitais das vítimas. Se essa técnica não for viável, os peritos recorrem à odontolegal, comparando a arcada dentária com registros clínicos e fotografias das vítimas.

Além desses métodos, exames de antropologia forense também são utilizados. Nesse caso, o médico-legista e odontolegista realizam uma análise dos corpos ou ossos em relação a aspectos físicos, como marcas de nascença, cirurgias e tatuagens, que podem ajudar na identificação. A perita também mencionou a importância dos objetos pessoais encontrados nos destroços, que podem fornecer pistas adicionais sobre a identidade das vítimas.

Os resultados dos exames são geralmente disponibilizados entre 48 e 72 horas. “Mas podem demorar mais por conta do volume de amostrar em decorrência do número de vítimas”, alertou Daitx. Quando outros métodos não são suficientes, o exame de DNA é a etapa final, que envolve a coleta de amostras biológicas dos corpos e de familiares de primeiro grau para análise.

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