Americanas registra prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023
O desempenho de 2023 foi afetado negativamente pela crise financeira e pela redução de receitas, além dos custos adicionais com a investigação e a recuperação judicial
Na noite de quarta-feira (14), a Americanas revelou os resultados financeiros referentes ao ano de 2023 e aos primeiros seis meses de 2024. A empresa registrou um prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023. Esse valor representa uma redução de 82,8% em relação ao prejuízo do ano anterior, após a revisão dos números devido à fraude contábil descoberta. No primeiro semestre de 2024, o prejuízo foi de R$ 1,4 bilhões, 55,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2023.
De acordo com a companhia, o desempenho de 2023 foi afetado negativamente pela crise financeira e pela redução de receitas, além dos custos adicionais com a investigação e a recuperação judicial. No entanto, a empresa conseguiu compensar parcialmente esses impactos com benefícios tributários.
“A homologação e a implementação do plano de recuperação judicial criam uma expectativa positiva para a geração de lucro tributável em 2024. Isso permite o reconhecimento de impostos diferidos no valor de R$ 4,8 bilhões no quarto trimestre de 2023”, informou a empresa.
Prejuízo
A Americanas informou que a redução do prejuízo observada na primeira metade de 2024 reflete a continuidade dos impactos positivos da nova estratégia de negócios e dos esforços de transformação da administração da empresa. Em 2023, o Ebitda ficou negativo em R$ 2,804 bilhões, mas melhorou em 56,9% em comparação com 2022. No primeiro semestre deste ano, o Ebitda foi positivo em R$ 1,34 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,185 bilhão registrado no mesmo período de 2023.
A receita líquida de 2023 somou R$ 14,942 bilhões, marcando uma queda de 42% em relação a 2022. De janeiro a junho de 2024, a receita líquida foi de R$ 6,849 bilhões. Registrando uma redução de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A dívida líquida da Americanas alcançou R$ 33,456 bilhões ao final de 2023, um aumento de 20,8% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2024, a dívida líquida subiu para R$ 38,879 bilhões, um acréscimo de 16% em relação ao fim de 2023.