Saiba quais são os sintomas e as formas de transmissão da mpox
Com aumento de casos, doença passou a ter alerta global pela OMS
Apesar dos sinais de controle e estabilidade da mpox no Brasil, as autoridades de saúde permanecem em estado de vigilância. O Ministério da Saúde continua a monitorar de perto a situação, mantendo em operação os sistemas de vigilância epidemiológica e os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) prontos para realizar coletas e diagnósticos da doença.
Além disso, em resposta à decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar a mpox uma emergência internacional, o Ministério da Saúde estabeleceu preventivamente um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), responsável por coordenar as ações de resposta e controle da doença no país.
O que é a Mpox?
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença zoonótica causada pelo vírus mpox (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. A transmissão do vírus para humanos pode ocorrer por meio do contato direto com uma pessoa infectada ou com materiais contaminados. Embora o nome sugira uma associação com macacos, é importante destacar que esses animais não são os reservatórios do vírus. O reservatório natural ainda é desconhecido, mas acredita-se que pequenos roedores das florestas tropicais da África, especialmente na região central e ocidental, possam ser a fonte original de infecção.
Como a Mpox é transmitida?
A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato próximo e prolongado com uma pessoa infectada, especialmente quando há lesões na pele, como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas. O vírus também pode ser transmitido por meio de fluidos corporais, como secreções e sangue. Além disso, o contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama e utensílios de uso pessoal, pode resultar na infecção.
Sinais e sintomas da Mpox
Os sintomas da mpox incluem erupções cutâneas ou lesões na pele, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios, fraqueza e linfonodos inchados, conhecidos popularmente como “ínguas”. As lesões cutâneas podem variar de planas a levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e eventualmente formam crostas que secam e caem. Essas lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, como rosto, mãos, pés, boca, olhos, órgãos genitais e ânus.
O período de incubação da doença, ou seja, o intervalo entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sintomas, geralmente varia de 3 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias em alguns casos.
O período de transmissão e prevenção
Uma pessoa infectada pode transmitir a mpox desde o início dos sintomas até que as lesões na pele tenham cicatrizado completamente. A doença tende a evoluir de forma leve a moderada, com duração média de 2 a 4 semanas. Durante esse período, é crucial que os pacientes sigam as orientações de isolamento e higiene para evitar a transmissão a outras pessoas.
O isolamento deve ser mantido até que todas as lesões tenham desaparecido, e a higienização das mãos deve ser realizada regularmente. Além disso, é importante evitar o contato próximo com outras pessoas, especialmente aquelas que pertencem a grupos de risco, como imunocomprometidos, crianças e gestantes.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da mpox é confirmado por meio de testes laboratoriais, como o teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são coletadas, preferencialmente, das lesões cutâneas, e enviadas para laboratórios de referência no Brasil para análise.
O tratamento da mpox, até o momento, consiste em medidas de suporte clínico voltadas para o alívio dos sintomas e a prevenção de complicações. Não existe um medicamento específico aprovado para o tratamento da mpox, mas a maioria dos casos apresenta sintomas leves a moderados, que desaparecem em algumas semanas.
Embora a maioria dos casos de mpox apresente uma evolução benigna, certas populações estão em maior risco de desenvolver complicações graves. Pessoas com sistema imunológico comprometido, crianças e gestantes são especialmente vulneráveis.