Ibaneis admite falha do governo mas recusa responsabilidade por terrorismo em Brasília
Segundo o gestor, o governo do DF monitorava movimentos dos manifestantes junto ao Ministério da Justiça desde o último sábado (7)
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), admitiu a falha do governo do DF na garantia de segurança e em impedir a invasão de vândalos bolsonaristas na sede dos três poderes neste domingo (8/1), em Brasília. A informação é do blog da Andreia Sadi, do G1.
Segundo o gestor, o governo do DF monitorava movimentos dos manifestantes junto ao Ministério da Justiça desde o último sábado (7). Sobre a responsabilidade dos atos, Ibaneis disse: “Eu não sou conivente com nada desses absurdos, eu sou democrata”.
Ele afirmou que a culpa pelo ocorrido cabe a todos. “Querer culpar um só é absurdo”, disse. O governador cita que a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que responde ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), deveria ter barrado a chegada dos ônibus com apoiadores do ex-presidente em Brasília e que “a sensação que nos passavam era que os bolsonaristas estavam se desmobilizando”, disse ao blog.
“O Exército, inclusive, estava desmobilizando o acampamento no Quartel General da tropa em Brasília”, continuou.
O governador do Distrito Federal exonerou o Secretário de Segurança Públia do DF, Anderson Torres, durante os atos antidemocráticos em Brasília. Torres está em Orlando, nos Estados Unidos, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi ministro da Justiça de Bolsonaro e foi conivente com os ataques a democracia ocorridos em Brasília em dezembro do ano passado.
Pedido de prisão de Torres
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão em flagrante e todos os envolvidos na invasão dos prédios que constituem os Três Poderes da República e do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Além disso, a AGU exige a determinação de remoção de qualquer conteúdo que incite atos de vandalismo das redes sociais.
A petição foi incluída nos inquéritos das fake news e das milícias antidemocráticas, ambos sob relatoria de Alexandre de Moraes. No documento, a AGU alega que os atos “importam prejuízo manifesto ao erário e ao patrimônio público e também causam embaraço e perturbação da ordem pública e do livre exercício dos Poderes da República, com a manifesta passividade e indício de colaboração ilegal de agentes públicos”.