Uma comitiva interministerial chegou a Boa Vista para acompanhar a ação emergencial do governo federal sobre a crise de desassistência sanitária e nutricional entre o povo Yanomami, na quarta-feira (8/1). Compunham esse grupo os ministros da Defesa, José Múcio, e dos Direitos Humanos e Cidadania ,Silvio Almeida,; a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, entre outros representantes.

Durante o dia, a comitiva visitou a Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai) e o Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), montado para reforçar os atendimentos médicos aos indígenas. “É muito importante nossa atuação aqui. A missão tem o papel institucional de promover os direitos sociais, o direito à proteção territorial e, principalmente, fazer com que os povos indígenas sejam ouvidos em suas demandas”, declarou a presidente da Funai.

Outra autoridade presente na ação foi a secretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal. Na ocasião, Lilian Rahal foi representando o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Em comunicado oficial, a secretária deu alguns detalhes sobre o trabalho feito nos últimos dias para garantir a qualidade da alimentação:

“Vimos verificar, principalmente, as condições de alimentação das famílias indígenas. Também estamos avaliando a situação dos alimentos para distribuição. Amanhã vamos visitar o polo base de Surucucu para verificar as condições de logística, além da implementação de tecnologias para fornecimento de água limpa”, declarou Lilian.

Ações já realizadas pelo governo

Segundo o governo federal, foram entregues mais de 78 toneladas de mantimentos e medicamentos à população Yanomami, até o momento. Além disso, Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, confirmou a reforma da pista de pouso da região de Surucucu, para facilitar acesso e criação de hospital de campanha no local. Já o ministro da Defesa, José Múcio, solicitou reforço no policiamento aéreo para ampliar o combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse em entrevista coletiva na segunda-feira (6) que o plano de retirada dos garimpeiros ilegais será realizado em duas etapas. A primeira fase já está em andamento e busca fechar o espaço aéreo e limitar o transporte fluvial na região para barrar o abastecimento de grupos criminosos.