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terça-feira, 27 de agosto de 2024
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Atenção à Saúde

Névoa de fumaça em Goiás pode afetar saúde dos olhos, alerta especialista

De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a nuvem de fumaça deve durar pelos próximos dois dias

Postado em 27 de agosto de 2024 por Ronilma Pinheiro
Esse tipo de poluição pode desencadear diversos problemas nos olhos, com sintomas que variam desde o ressecamento ocular até a sensação de corpo estranho | Foto: Alexandre Paes/O HOJE

Desde o último domingo (25) que Goiás sofre com uma nuvem de fumaça que afeta principalmente os moradores da capital. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a situação deve durar pelos próximos dois dias.

Ainda segundo o órgão, a nuvem de fumaça ocorreu devido ao avanço de uma frente fria que se formou no sábado, além da combinação de ventos que transportam a fumaça das queimadas no país, especialmente no Centro-Oeste.

O evento que causou transtornos no Aeroporto da capital que precisou cancelar voos devido à baixa visibilidade, também ameaça a saúde dos olhos. Rodrigo Ximenes, oftalmologista alerta sobre os riscos da nuvem de fumaça que os moradores enfrentam.

Em entrevista ao jornal O HOJE, o oftalmologista discutiu os impactos dessa condição atmosférica na saúde ocular e forneceu orientações para lidar com os sintomas associados. A chegada da poeira e da fumaça em Goiânia é uma preocupação significativa para a saúde ocular, segundo o especialista.

“A população goiana tem acordado com o ar carregado e a poeira em suspensão, que é um reflexo do tempo seco que já caracteriza a região durante o ano”, destaca Ximenes. O médico alerta que esse tipo de poluição pode desencadear diversos problemas nos olhos, com sintomas que variam desde o ressecamento ocular até a sensação de corpo estranho.

Principais sintomas

Os principais sintomas incluem olho seco, vermelhidão, prurido –  caracterizado pela coceira que pode surgir em diferentes pontos da pele -, lacrimejamento intenso e a sensação de que algo está dentro do olho. “Esses sintomas são causados pelo contato dos olhos com as partículas de poeira e fumaça presentes no ar”, detalha o especialista.

Ao falar sobre as precauções, o médico destaca que é importante tomar medidas imediatas para aliviar os sintomas e evitar complicações. Embora pessoas com condições oculares pré existentes, como olho seco ou outras doenças oculares, possam experimentar sintomas mais intensos, o oftalmologista esclarece que qualquer indivíduo exposto à fumaça está sujeito a desconfortos oculares.

“Os trabalhadores ao ar livre e usuários de lentes de contato devem redobrar os cuidados, utilizando equipamentos de proteção e mantendo uma boa higiene ao manusear as lentes”, alerta.

Para prevenir e tratar os sintomas iniciais, Ximenes recomenda o uso de colírios lubrificantes, como aqueles à base de hialuronato de sódio. Esses colírios ajudam a aliviar a irritação ocular causada pela poeira. No entanto, ele advertiu contra o uso de colírios à base de nafazolina, comuns em farmácias e muitas vezes utilizados para tratar sintomas semelhantes, pois podem causar efeitos rebote e agravar a irritação.

O oftalmologista também ressaltou a importância de evitar a automedicação. “Se a pessoa não tem acesso imediato ao soro fisiológico, a água corrente pode ser usada para lavar os olhos, mas é essencial buscar a orientação de um especialista.” Ele destacou que, em casos de sintomas persistentes, é crucial procurar um oftalmologista para um diagnóstico adequado.

“É importante não deixar de consultar um especialista, mesmo que os sintomas possam parecer leves inicialmente. Em alguns casos, os sintomas de irritação ocular podem mascarar condições mais sérias que podem ser agravadas pela exposição prolongada à poeira”, afirma.

De modo geral, a recomendação é tomar medidas preventivas como a lavagem dos olhos com soro fisiológico e o uso de colírios lubrificantes, e buscar atendimento especializado caso os sintomas persistam.

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