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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Cidades

Crianças são vulneráveis a recrutamento em guerra

Em sete países crianças são recrutadas pelas próprias forças de segurança. No Iraque e a Síria, a ameaça vem de grupos com o Estado Islâmico

Postado em 23 de fevereiro de 2016 por Redação
Crianças são vulneráveis a recrutamento em guerra
Em sete países crianças são recrutadas pelas próprias forças de segurança. No Iraque e a Síria

No Dia Internacional contra o Uso de Crianças-soldado, observado em 12 de fevereiro desde 2002, a representante especial do secretário-geral da ONU para o tema, Leila Zerrougui, destacou que os jovens permanecem extremamente vulneráveis a abusos e ao recrutamento por parte de grupos armados.

Segundo o mais recente levantamento feito pelo secretário-geral da Organização, Ban Ki-moon, 56 das atuais 57 entidades em guerra têm utilizado crianças em suas tropas.

“Eu convido todos a começarem a pensar sobre as crianças-soldado como meninos e meninas que nós, coletivamente, falhamos em proteger”, afirmou Zerrougui. Mais de 20 países enfrentam conflitos no mundo. Em 2014, foram identificadas oito nações onde as crianças são recrutadas pelas forças de segurança: Afeganistão, Chade, Mianmar, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Iêmen.

Nos locais dos confrontos, jovens são mandados para a linha de frente das batalhas ou assumem outras funções arriscadas, como espiões, carregadores de material bélico ou informantes, entre outros. Zerrougui ressaltou que, ao longo do trabalho com as forças armadas, crianças são expostas a altos níveis de violência. 

Em 2014, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou a campanha “Crianças, Não Soldados”, com o objetivo de mobilizar os países onde jovens ainda integram o contingente das forças armadas. O Chade implementou todas as medidas recomendadas pela iniciativa e foi retirado da lista da ONU. O trabalho com os sete países restantes continua sendo desenvolvido, segundo Zerrougui.

Em países como Iraque e Síria, crianças permanecem vulneráveis ao recrutamento por conta da proliferação de entidades armadas e avanços do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL). No Sudão do Sul, os conflitos internos ainda afetam jovens e, no Iêmen, a participação e o uso de crianças pelas partes em conflito se tornaram amplamente disseminados desde a escalada das tensões, em março de 2015.

No documento, a representante da ONU expressou sua profunda preocupação com o número crescente de ataques a escolas, bem como o uso militar das escolas, em países afetados pela guerra.

 

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