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sábado, 23 de novembro de 2024
Mundo

8 mil migrantes são retidos entre Grécia e Macedônia

Bloqueio do fluxo migratório para os países da Europa central e do norte ocorre depois que a Áustria decidiu limitar a 80 o número de pedidos de asilo por dia e a 3,2 mil

Postado em 23 de fevereiro de 2016 por Redação

Cerca de 8 mil migrantes estão retidos na fronteira entre Grécia e Macedônia e no principal porto grego. Segundo a polícia, são cerca de cinco mil refugiados e migrantes retidos no posto de Idomeni, na fronteira com a Macedônia, e outros três mil no Porto de Pireu. Com isso, o governo grego anunciou negociações diplomáticas com o governo da Macedônia que, na sexta-feira (19), fechou sua fronteira para refugiados afegãos.

“Iniciamos negociações diplomáticas. Acreditamos que o problema vai ser resolvido”, disse o ministro-adjunto do Interior para as Migrações, Ioannis Mouzalas, a uma emissora do parlamento grego, sem adiantar que medidas estão sendo tomadas.

O bloqueio do fluxo migratório para os países da Europa central e do norte, que até agora permitia a passagem de sírios, iraquianos e afegãos, ocorre depois que a Áustria decidiu limitar a 80 o número de pedidos de asilo por dia e a 3,2 mil o número de pessoas autorizadas a passar pela fronteira.

“Se Áustria fechar as suas fronteiras haverá um efeito dominó” na rota que atravessa os países dos Balcãs, afirmou uma fonte governamental que acrescentou ainda: “Não esperamos uma solução diplomática hoje”.

As ilhas gregas continuam a ser a principal porta de entrada dos migrantes na Europa. Depois de registrados nas ilhas, os migrantes deslocam-se para o principal porto de Atenas, o Pireu, de onde seguem para o campo de refugidos de Idomeni. Do campo, saem de território grego com destino sobretudo à Alemanha e a países escandinavos.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, criticou no domingo (21) “a inaceitável” decisão da Áustria, que convocou uma minicúpula sobre migrações com os líderes dos países balcãs para quarta-feira (24).

“Não funcionará se alguns países pensarem que podem resolver o problema colocando peso extra nas costas da Alemanha”, disse o ministro alemão, acrescentando que vai levantar a questão na próxima reunião de ministros do Interior da União Europeia (UE) na quinta-feira (25). (Agência Brasil) 

Refugiados inflam população da Suécia  

A Suécia registrou aumento recorde da população entre 2014 e 2015, cerca de 1%, devido à onda de refugiados que chegaram ao país, informou ontem o Gabinete Nacional de Estatísticas sueco. A população da Suécia era, em 31 de dezembro de 2015, de 9.851.017 pessoas, mais 103.662 do que em 2014, segundo os números citados pela agência EFE.

O recorde anterior de crescimento populacional no país de um ano para outro era de mais 1.171 pessoas e foi registrado de 2013 para 2014.

O saldo positivo de imigrantes em 2015 foi de 78.410 pessoas, ou seja, 77% do total do aumento populacional. O rápido aumento da chegada de refugiados, a partir do fim do verão de 2015, reverteu a tendência de crescimento demográfico que, até junho, era inferior à registrada no mesmo período de 2014. Um em cada quatro imigrantes que chegaram à Suécia em 2015 era procedente da Síria, segundo o Gabinete.

A Suécia recebeu 163 mil pedidos de asilo em 2015, o valor per capita mais alto de toda a União Europeia, o que levou a alterações na política de asilo, com um endurecimento dos critérios para a concessão do Estatuto de Refugiado, e à reintrodução de controles fronteiriços. (ABr) 

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