Azul que te quero rosa
Depois do tom Marsala, no ano passado, a ‘onda’ agora são as cores Rose Quartz e Serenity
Desde 2000, todo ano, milhares de designers pelo mundo se ouriçam para saber uma informação que pode guiar seus trabalhos durante todo 365 dias. No fim de cada ano, a Pantone, empresa mundialmente conhecida por seu sistemas de cor, largamente utilizado na indústria gráfica, anuncia qual será a cor do ano seguinte. A internet popularizou as cores do ano da Pantone, a marca se empolgou, e a cor de 2016, na verdade, é a combinação de duas cores diferentes! Depois do tom Marsala de 2015, quem assume o posto neste ano que vem são as cores Rose Quartz e Serenity.
E como a empresa chega à escolha da cor do ano? Breve explicação: a Pantone é uma empresa sediada nos Estados Unidos, conhecida no mundo inteiro por seu sistema de cores, criado em 1963 e utilizado até hoje como referência em gráficas. Todos os anos, a empresa lança um guia de cores baseado na luminância, ou seja, são várias cores que variam entre tons mais claros e mais escuros. Por ter construído um verdadeiro império em torno das cores, a Pantone é também uma das maiores ditadoras de tendências no universo da moda e do design.
A autoridade mundial das cores escolheu estes dois tons suaves, pois, tal como explicam no site, o ano 2015 foi marcado por caos, conflitos, redes sociais, e muita rapidez. As duas cores são simbólicas e devem transmitir uma sensação de “equilíbrio, calma, bem-estar, tranquilidade, igualdade e dualidade”, conforme o texto da empresa. Vão “servir como a expressão de um estado de espírito e de uma atitude”, continua o texto. Bem bicho-grilo, não?
“Juntas, Rose Quartz e Serenity demonstram um equilíbrio inerente entre um rosa quente acolhedor e um azul mais suave, refletindo uma conexão e bem-estar bem como uma senso de ordem e paz”, diz Leatrice Eiseman, diretora executiva da Pantone Color Institute. Ao mesmo tempo, segundo a vice-presidente da empresa, Laurie Pressmas, a seleção reflete as recentes discussões sobre igualdades de gênero e coincide com “movimentos sociais a favor da igualdade e fluidez”, ao misturar as cores tipicamente associadas a masculino e feminino.
A combinação de cores sugere suavidade e feminilidade, mas pode vir em looks mais sóbrios. Os tons têm se mostrado ótimos para roupas de gala, vestidões volumosos, dramáticos e – por que não? – em ternos e camisas masculinas. Na maquiagem, os tons bebês podem dar mais leveza ao look, mas é preciso cuidado para não carregar nas tintas. Na decoração, quem curte minimalismo pode investir em um único tom e usar – ou complementar apenas pontualmente – de forma a destacar alguns objetos.