Milhares de japoneses continuam em abrigos temporários cinco anos após tsunami
Segundo as autoridades, muitos moradores da região não conseguiram regressar, até 2021, os locais onde viviam
Milhares de pessoas retiradas de suas casas devido ao tsunami que arrasou o Nordeste do Japão em março de 2011 continuam em abrigos temporários e muitas não regressarão, até 2021, aos locais onde viviam, informaram hoje (7) as autoridades.
Cerca de 59 mil pessoas de Iwate, Miyagi e Fukushima continuam a viver em abrigos temporários, depois de terem sido retiradas devido ao desastre natural, o que representa aproximadamente metade do número máximo de deslocados que chegou a ser registrado, segundo os últimos dados disponÃveis.
Os 46 municÃpios afetados trabalham na reabilitação das áreas devastadas e na construção de novas casas, mas em muitos casos enfrentam dificuldades que os impedem de completar essas tarefas em curto e médio prazos.
Em Otsuchi, uma localidade de Iwate, os 2.900 habitantes que continuam fora de suas casas – aproximadamente um quarto da população total – não poderão regressar até pelo menos março de 2021, declarou um porta-voz do municÃpio à agência Kyodo. Isso pelo fato de as autoridades locais não conseguirem encontrar terrenos adequados para construir habitações em áreas mais altas, acima do nÃvel do mar, acrescentou o porta-voz.
Autoridades de outras localidades informaram que não acreditam que conseguirão concluir até 2019 os trabalhos necessários para que todos os deslocados possam regressar, devido a dificuldades de financiamento e de mão de obra.
Dos 46 municÃpios consultados pela Kyodo, 17 não fizeram qualquer prognóstico sobre quando os moradores poderão regressar à s suas casas. Entre eles estão 11 localidades de Fukushima, onde também há milhares de pessoas que foram retiradas das áreas onde viviam, devido ao desastre nuclear causado pelo tremor seguido de tsunami de 11 de março de 2011.
Na próxima sexta-feira (11) completam-se cinco anos do desastre, que deixou 18.500 mortos ou desaparecidos no Japão.
(Agência Brasil)