Misael diz que atentado é uma forma de intimidação
O prefeito de Senador Canedo não descarta a possibilidade de que o ato tenha cunho político
Flaviane Barbosa
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT) atribui o atentando sofrido na noite de terça-feira, 15, a uma tentativa de intimidá-lo. O incidente aconteceu por volta de 22h40, quando duas pessoas, de moto, passaram em frente à residência dele, e o carona efetuou entre sete e nove disparos. A Polícia Militar identificou cinco tiros no portão da casa e dois no chão de um lote baldio ao lado. Ele, a esposa Eliete Teodoro e um segurança particular haviam chegado há poucos minutos antes do incidente.
De acordo com a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Senador Canedo, Eliete ficou na sala enquanto o prefeito foi para o escritório. Ao ouvir os disparos, a primeira-dama correu ao encontro de Misael, assustada, pois a janela da sala havia sido atingida pela bala que atravessou o portão, e por pouco os estilhaços não caíram em cima dela. Apesar do acontecido, ninguém ficou ferido O prefeito acredita que o atentado possa ter cunho político, como forma de intimidar seu trabalho.
O capitão Clécio Teles, sub-comandante do 27º Batalhão da Polícia Militar, que este no local do crime, informo que três viaturas da PM e duas da Guarda Municipal acompanharam o caso. Teles contou que, ao checar as imagens das câmeras de segurança, percebeu que um carro preto, aparentemente um modelo Gol, apareceu logo atrás da moto que carregava os dois suspeitos. Para a PM, os tiros foram ato de vandalismo, e a casa de Misael teria sido uma escolha aleatória. O comandante acredita que o prefeito não é alvo de alguém. “Se quisessem acertar o Misael não teriam disparado na casa”, avalia.
O presidente da Câmara Municipal, Roberto Lopes (SD), disse que a notícia do atentado surpreendeu o meio político local, pois é a primeira vez que esse tipo de incidente acontece na cidade. “Estamos com uma interrogação imensa. Não sabemos se o caso tem conotação política”.