Número de bilionários cai drasticamente na América Latina
Desaceleração econômica na América Latina fez cair de 100 para 69 o total de pessoas com mais de 1 bilhão de dólares
O número de bilionários na região foi drasticamente reduzido para 69 em abril, comparado aos 100 nomes no ano anterior, segundo a Latin Trade. A queda é um testemunho da magnitude da desaceleração econômica da América Latina causada pela redução nos preços das commodities, pelo crescimento mais lento da China e por problemas localizados como a crise política do Brasil.
As maiores fortunas foram seriamente atingidas. Como exemplo podemos citar Carlos Slim do México com uma fortuna estimada em 50 bilhões de dólares, apresentando uma queda de 35% em comparação com 77,1 bilhões de dólares no ano anterior. Outro exemplo também no México é Ricardo Salinas Pliego, fundador e presidente do Grupo Salinas (TV Azteca, Elektra, Banco Azteca) que viu sua fortuna ser reduzida quase pela metade, dos 8,2 bilhões de dólares no ano anterior para 4,3 bilhões de dólares no corrente ano.
No Brasil, uma das maiores quedas foi registrada pela família Marinho (Rede Globo) – João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho ? com uma redução de 47,5 por cento em seu patrimônio de 8,2 bilhões de dólares em 2015 a 4,3 bilhões de dólares nesse ano.
Ampliação
Mas houve outros que, apesar das dificuldades na região, conseguiram aumentar suas fortunas. Por exemplo, o patrimônio de Jorge Moll Filho, o fundador da maior cadeia de hospitais do Brasil, obteve uma elevação de 88%. Também apresentando uma das maiores taxas de crescimento está David Peñaloza Alanis do México, presidente e CEO da empresa de construção de infraestruturas Pinfra, cuja fortuna registrou um crescimento de 25%.
O total do patrimônio dos 69 magnatas da lista atingiu 299,2 bilhões de dólares, equivalendo a 4,3 bilhões de dólares cada um, um pequeno aumento dos 4,2 bilhões de dólares por cada indivíduo em 2015. (Agência O Globo)