O total de endividados em Goiânia continua caindo e desta vez passou de 35,9% em março para 34,3% em abril, registrando uma queda de 4,4%. A média nacional de endividamento foi de 59,6%. A inadimplência do consumidor também recuou de 18,6% para 18% no mesmo período. O resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi divulgada pelo presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio GO), José Evaristo dos Santos.

Conforme a pesquisa, uma parcela de 65,2% dos entrevistados alegaram não ter dívidas com cartões de crédito, carnês, cheques pré-datados, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. O cartão de crédito continua sendo o principal vilão do endividamento para uma parcela de 70,5% dos endividados, seguido pelos carnês, que comprometem a renda de 25,2% dos consumidores, e pelo crédito pessoal com 23,8%.

O presidente da Fecomércio Goiás, José Evaristo dos Santos, explica que o aumento do desemprego e a queda da renda fixa é o que vem contribuindo para a queda no endividamento. “O acesso ao crédito ou empréstimo está mais difícil para 44,1% dos entrevistados e o dinheiro que os consumidores recebem está servindo para quitarem as dívidas já efetuadas no passado. O ‘freio de mão’ está puxado para o consumo”, reitera.

Contas atrasadas

O estudo mostra que 13,6% dos entrevistados consideram-se muito endividados. Dentre as famílias ouvidas, 55% afirmam que continuarão endividadas por mais um ano. Dentre os entrevistados que possuem contas a pagar, 47% não estão com estas atrasadas e nem têm alguém em sua casa em situação de inadimplência. Dentre os que têm dívidas atrasadas, 41,5% afirmam que conseguirão regularizar parcialmente as dívidas no próximo mês e 48,3% acreditam que não conseguirão pagar estas contas. Ainda dentre as famílias inadimplentes, a PEIC aponta que 57,4% estão com as contas atrasadas há mais de 90 dias.

Dentre os endividados, 49,3% revelaram que têm de 11% a 50% da renda comprometida com dívidas. O comprometimento médio de renda é de 31,7%. “O ideal é um comprometimento de até 30%”, destaca o presidente da Fecomércio Goiás.  

Intenção de consumo volta a cair em abril 

Neste ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ainda não havia caído, mas o resultado da pesquisa no mês de abril foi diferente. Os números passaram de 94,2 pontos em março para 86,4 pontos no último mês, portanto, apresentando recuo de 8,2% no período. Já em relação a abril de 2015 (107,1 pontos), a queda foi de 19,3%. Na pesquisa, o índice 100 demarca a fronteira entre a insatisfação e a satisfação do consumidor diante do atual cenário econômico. A ICF, divulgada pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), é realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em no mínimo 500 famílias entrevistadas.

O Dia das Mães está chegando e é considerado o segundo período mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal, porém, o momento não é bom para o consumo. Pelo menos para uma parcela de 50,1% dos entrevistados, que acredita que sua família e a população em geral tende a consumir menos que no segundo semestre do ano passado. O presidente da Fecomércio Goiás, José Evaristo dos Santos, explica que, as vendas em relação aos meses em que não há campanhas, como março e abril, serão maiores, mas quanto a maio do ano passado, talvez nem cheguemos ao mesmo volume de vendas.