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domingo, 24 de novembro de 2024
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Politica

Vereadora critica aditivos a contratos de publicidade

Tucana questiona ato da prefeitura de Goiânia, em contratos de R$ 30 milhões

Postado em 22 de maio de 2016 por Sheyla Sousa
Vereadora critica aditivos a contratos de publicidade
Tucana questiona ato da prefeitura de Goiânia

Sara Queiroz

A vereadora Cristina Lopes (PSDB) fez duras críticas a prefeitura de Goiânia realizou aditivos de R$ 30 milhões em contratos de publicidade e comunicação. A aprovação de contratos para aditivos não precisa passar por votação na Câmara Municipal. Basta apenas que passe pelo crivo do Conselho de Comunicação do Município. A tucana critica o fato do investimento em publicidade institucional ocorrer em um momento de final de mandato e em que outros problemas internos ocorrem na cidade.

Como antecipada pela coluna Xadrez, os aditivos foram publicados no Diário Oficial do Município de Goiânia, em sua edição de 13 de maio, assinado pelo secretário municipal de Educação Edmilson Divino dos Santos. As empresas beneficiadas são a Mancini Comunicação e Marketing, em R$ 3 milhões; Cannes Publicidade Ltda, em R$ 3 milhões; Cantagalo Comunicação Ltda, em R$ 10 milhões; Casa Brasil Comunicação Estratégica Ltda, em R$ 9,5 milhões; e Type Propaganda Ltda, em R$ 4,5 milhões.

Cristina disse que vai requerer oficialmente a ata do Conselho de Comunicação que aprovou o valor do aditivo à cinco empresas de comunicação que realizam a publicidade da prefeitura, além de explicações e detalhamento do prefeito sobre o motivo de tais gastos extras. “Nós ainda não temos uma solução para as merendas, ainda faltam merendas nas escolas, nós estamos vendo as filas intermináveis nos Cais em busca de vacina, e você me apresenta um contrato de publicidade e propaganda no valor de 30 milhões?”, questiona.

Segundo a vereadora, esse valor supera até mesmo o investimento e educação e saúde. Ela espera respostas do Paço Municipal até o início da próxima semana para poder entrar com representação contra os contratos aprovados. “Nós temos que ter explicações e o prefeito vai ter que se explicar ou cancelar esse aditivo”.

O líder do prefeito na Casa, Carlos Soares (PT), afirmou que a vereadora não estaria com a informação correta em relação aos aditivos aprovados. Ele lembra que cinco empresas ganharam a última licitação de comunicação e publicidade, e que se tratando de ano eleitoral, a prefeitura, “como nenhuma outra administração pública”, não pode gastar mais do que a média dos outros anos.

Segundo Soares, apenas um aditivo foi realizado em outro ano, mas o Paço Municipal não usou todo o gasto. De acordo com ele, “a prefeitura faz muito pouca propaganda” e que todos estão cientes que não poderá ocorrer gastos extras nesse campo em ano eleitoral. “A prefeitura poderá gastar somente a média que foi gasta nos últimos anos, que será muito longe desse valor”, declarou. O vereador afirma que a prefeitura já está preparando as documentações para ser entregue à vereadora Cristina para que “ela possa corrigir a informação porque ela foi induzida ao erro”. 

Dra. Cristina 

‘Um aditivo não precisa passar pela Câmara para ser aprovado, mas precisa passar pelo Conselho de Comunicação do Município. Estou requerendo oficialmente a ata desse conselho de comunicação que aprovou esse aditivo e explicações do prefeito, com detalhamento do porque desse aditivo no valor de R$ 30 milhões, aditivando cinco empresas de publicidade e comunicação, e a explicação do pra que isso. Nós estamos caminhando para o final do mandato, qual é a justificativa para se investir em publicidade um valor maior do que está se investindo em saúde, ou na educação? Nós ainda não temos uma solução para as merendas, ainda faltam merendas nas escolas, nós estamos vendo as filas intermináveis nos Cais em busca de vacina e você me apresenta um contrato de publicidade e propaganda no valor de R$ 30 milhões’.  

Carlos Soares 

‘Ela não está com a informação correta, porque quando se fez a licitação foram cinco agências que ganharam, e nós sabemos, e todos sabem, que esse ano é um ano eleitoral, a prefeitura não pode gastar, não só Goiânia como nenhuma outra administração pública que tenha ano eleitoral, mais do que a média computada para anos anteriores. Então a prefeitura não poderá gastar R$ 30 milhões, isso não existe. Foi feita uma licitação lá atrás, houve um aditvo mas a prefeitura nem usou todo esse gasto. Tanto é que a prefeitura faz muito pouca propaganda, as pessoas sabem, e a prefeitura poderá gastar somente a média que foi gasta nos últimos anos que será muito longe desse valor. Mas já estamos preparando a documentação para ela para ela poder corrigir a informação, porque ela foi induzida ao erro.’ 

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