Após tiroteio, brasileiras em Munique temem locais públicos
Troca de tiros deixou nove mortos e dez feridos em Munique nesta sexta-feira
Um tiroteio num centro comercial de Munique, na Alemanha, deixou nove mortos e dez feridos. Segundo o Itamaraty, ainda não há informações de vítimas brasileiras. O Portal EBC conversou com duas brasileiras que estão no país.
A baiana Aline Carvalho dos Santos mora há três anos em Munique e resumiu a situação na Alemanha após a troca de tiros em um shopping na cidade: “As ruas estão desertas, você só vê carro de polícia e ambulância.”
A polícia alemã ainda procura os suspeitos de realizar o ataque. De acordo com a polícia, um dos corpos encontrados possivelmente é de um dos suspeitos, com indícios de suicídio. Aline disse que o local onde ocorreu o tiroteio é muito movimentado, um grande ponto comercial da cidade. Segundo a brasileira, a orientação das autoridades é que ninguém saia de casa.
“Tem gente ficou isolado, porque pararam todos trens e ônibus, as pessoas estão com dificuldade de voltar para a casa”, disse.
Aline ficou sabendo do ocorrido quando deixava o seu filho na creche. “Meu marido me ligou e vim direto pra casa, ficar com meu outro filho”, contou. Em seguida, ela disse que falou com a família no Brasil pelas redes sociais. Para ela, a cidade só vai voltar à normalidade quando a polícia conseguir informações concretas.
Para Dhany Ambrassat, outra brasileira que vive em Munique, o ataque abalou as certezas de uma vida segura na Europa. “Eu abri mão da minha vida no Brasil e do convívio com os meus amigos porque buscava uma vida mais tranquila e com segurança. Isso acabou”, lamentou.
Segundo Dhany, apesar do clima na cidade ter sido sempre tranquilo, nos últimos tempos, tanto alemães como estrangeiros temem frequentar espaços públicos com grande concentração de pessoas.
“A gente sempre andou nas ruas tranquilo, sem medo, mas passamos a ter medo de ir a estádios, shows. Muitos amigos que sempre foram ao OktoberFest (festa tradicional alemã) já estavam falando em não ir mais por medo. Agora, então, com essa situação acredito que mais gente deixará de ir.” (Agência Brasil)