Ministério do Trabalho interdita frigorífico da JBS
Vazamento de amônia deixou mais de 40 funcionários intoxicados
A Superintendência do Ministério do Trabalho em Goiás interditou, no início da noite desta quinta-feira (22), o sistema de produção de carnes do frigorífico da JBS, em Senador Canedo, dois dias após um vazamento de amônia ter deixado mais de 40 funcionários intoxicados.
Em nota, a superintendência afirma que interditou o sistema de tubulação em que opera gases tóxicos na unidade, como é o caso da amônia, o que consequentemente interrompe também a produção na unidade.
A área administrativa do frigorífico continua funcionando normalmente. O objetivo, segundo o órgão, foi verificar as condições de trabalho na unidade, com foco na garantia da segurança dos funcionários. De acordo com o auditor fiscal Rogério Silva Araújo, que integrou a equipe de fiscalização, os funcionários estavam sujeitos a novos vazamentos.
“Além disso, identificamos falta de inspeção das tubulações que transportam os gases sob pressão, em especial as que transportam amônia”, explica Rogério. “Sem falar no enorme risco de explosão”, acrescenta o auditor fiscal. Em função da interdição das tubulações, todas as atividades do frigorífico ficam comprometidas ou suspensas.
Este foi o terceiro vazamento de amônia registrado em frigoríficos da JBS nos últimos 30 dias. No dia 31 de agosto, um episódio semelhante foi relatado em uma unidade da multinacional em Campo Grande (MS). Na mesma semana, a unidade do Minerva, em Barretos (SP), registrou um vazamento de amônia que deixou um morto e 30 feridos.