Cunha deve ser transferido para penitenciária nesta segunda
Cunha deve ser transferido da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná
O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) deve ser transferido na tarde desta segunda-feira (19) da carceragem
da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, em Pinhais,
no Paraná. A ordem da Justiça Federal do Paraná foi
na última sexta-feira (16) após uma solicitação realizada pela PF por lotação na
carceragem na segunda-feira (12).
Cunha foi preso no dia 19 de outubro deste ano, na Operação
Lava Jato, na qual é réu por, segundo o MPF, ter recebido propinas em um
contrato da Petrobras.
Na penitenciária se encontram também outros políticos que estão envolvidos na mesma Operação, como o deputado cassado André Vargas e o ex-ministro José
Dirceu.
Na decisão judicial, o juiz Sérgio Moro rejeitou os pedidos de transferência de
o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro) e do
ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu.
A defesa do deputado cassado solicitou a permanência de Cunha na sede da
polícia, entre os argumentos, eles alegaram que a ação penal em que Eduardo Cunha é réu e está em ‘pleno desenvolvimento’, com depoimento marcado para sete de fevereiro e
a mudança atrapalharia a rotina de reuniões entre cliente e defensores na PF.
Sérgio Moro explicou que sobre o espaço da carceragem da PF. “O espaço é
limitado e destina-se a local de passagem, com algumas exceções, esclareceu.
Ainda segundo Moro, as condições da carceragem do Complexo
Médico Penal, uma penitenciária estadual de regime fechado e com finalidades
médicas, são consideradas boas, “talvez melhores do que a da própria
carceragem da Polícia Federal”.
“A transferência, portanto, não é sanção, mas visa atender exclusivamente
uma necessidade de abrir espaço na carceragem da Polícia Federal e a de evitar
superlotação prejudicial aos presos”, segundo a decisão judicial.
Léo Pinheiro permanece na carceragem por conta de
deslocamentos para audiências na Justiça e oitivas em inquéritos. Já João
Claudio Genu fica na PF por estar em discussão para eventual acordo de
colaboração premiada.
Foto: R7