Temer iniciará reunião com governadores do Centro-oeste e norte
O presidente Michel Temer vai se reunir nesta quarta-feira (18) com os governadores de estados do Norte e Centro-Oeste para discutir a crise penitenciária
O presidente Michel Temer vai se reunir nesta quarta-feira
(18) com os governadores de estados do Norte e Centro-Oeste para discutir a
crise penitenciária, que se agravou nos últimos dias após o massacre de mais de
100 detentos em diferentes presídios brasileiros. Foram convidados para o
encontro, no Palácio do Planalto, os governadores do Acre, Roraima, Tocantins,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia e Pará.
Anteriormente, estava previsto que Temer conduzisse um
evento com todos os governadores, no qual seriam assinados acordos de
cooperação entre a União e os estados com compromissos para a implementação do
Plano Nacional de Segurança Pública. O cerimonial do Ministério da Justiça
chegou a enviar um convite aos 27 representantes estaduais, mas depois
transmitiu uma mensagem informando sobre o cancelamento da solenidade.
De acordo com a assessoria de imprensa, a “alteração no
formato” do encontro de amanhã ocorreu “a pedido de vários
governadores”. “O presidente da República fará reunião de trabalho por regiões.
Amanhã, ele iniciará com a Região Norte, “que solicitou em virtude dos
atuais problemas do sistema penitenciário”, informou o ministério, por meio de
nota.
Nesta terça-feira (16), o presidente editou um decreto autorizando durante
um ano o emprego das Forças Armadas em penitenciárias estaduais para a
revista e apreensão de armas, celulares, drogas e demais materiais proibidos.
De acordo com o ato, o Ministério da Defesa vai editar normas complementares
sobre a atuação dos militares, que só serão deslocadas caso os estados
concordem com a medida.
Desde o início do ano, rebeliões e confrontos entre detentos
já provocaram pelo menos 119 mortes em Manaus, Boa Vista e Nísia Floresta (RN).
Nesta última, os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz voltaram a
ocupar hoje os telhados da unidade após informações de novas brigas entre
os presos.