Da
Redação

Foram divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo
Conselho Monetário Nacional as novas regras para o rotativo do cartão de
crédito. A idéia é ter propostas mais vantajosas para o cliente que não conseguir
pagar o valor total de suas dividas, como o parcelamento dessa mesma divida. Os
bancos e instituições financeiras tem até 3 de abril para se adequar as novas
regras segundo a decisão.

O sistema atual funciona da seguinte maneira: se o
consumidor paga apenas uma parte do valor devido o restante é jogado para o mês
seguinte, com cobrança de juros altos. Isso acontece sucessivamente, com a
cobrança de juros sobre juros, de modo que a dívida acaba virando uma
“bola de neve”.

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito
atingiu, em dezembro, 484,6% ao ano, em média, segundo dados divulgados mais
cedo pelo Banco Central. A pesquisa começou a ser feita março de 2011 e é a
taxa mais alta desde então.

No fim do ano passado o presidente Michel Temer
afirmou que ainda no primeiro trimestre de 2017 o juros do rotativo teriam uma
redução de mais da metade e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também
disse que a diferença começará a ser sentida em março.

O governo também chegou a afirmar que para diminuir
a taxa de juros iria programar mudanças no cartão de crédito. A primeira
anunciada seria a autorização para que os lojistas cobrem preços diferentes
para um mesmo produto de acordo com a forma de pagamento.

Em sua
primeira reunião em 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, a 13%
ao ano. Os juros estavam em 13,75%. Foi a terceira redução seguida da taxa.