O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

terça-feira, 26 de novembro de 2024
Comércio

Preços de frutas e verduras caem, mas não chegam ao consumidor

Segundo a Conab, as únicas hortaliças que apresentaram alta nas cotações em praticamente todos os mercados foram a cenoura e cebola

Postado em 3 de fevereiro de 2017 por Sheyla Sousa
Preços de frutas e verduras caem
Segundo a Conab

Caio Marx

Os preços de hortaliças como tomate, alface e batata registraram uma baixa nos valores no mês de janeiro nas centrais de abastecimento brasileiras, inclusive se comparado ao mesmo período de 2016. De acordo com o estudo desenvolvido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), poucas hortaliças como cenoura e cebola apresentaram alta nas cotações dos mercados.

Em entrevista a reportagem do O Hoje, Josué Lopes, Gerente da Divisão Técnica da Ceasa ressaltou que os preços deveriam estar elevados principalmente do tomate e da batata. “Essa baixa reflete negativamente para o produtor, pois a oferta está maior do que a demanda, com isso o produtor padece. Os produtores que nos abastecem são de pequeno porte e não adquirindo um bom ganho neste ano, provavelmente no próximo ano não investirão na produção do alimento, pois os custos estão altos e os lucros baixos. Com menos produtores no mercado, no próximo ano, certamente os preços estarão altíssimos”, ressalta Lopes.

Em sentido contrário, as frutas banana e laranja apresentaram tendência de alta de preços em grande parte dos mercados, sendo que a laranja continua escassa nos entrepostos atacadistas. Em dezembro, além das frutas e hortaliças analisadas regularmente pelo Prohort, outros produtos importantes na composição do quadro alimentar do consumidor apresentaram, da mesma forma, queda nas cotações na comparação com o mês anterior. 

Dentre as hortaliças, destacam-se as reduções na média de preços do espinafre (42%), batata-doce (28%), jiló (26%), berinjela (24%), quiabo (22%), moranga e mandioquinha (18%), couve-flor (12%) e abóbora (4%). Em relação às frutas, importantes quedas de preços foram registradas para nectarina (63%), amora (58%), ameixa (45%), limão (31%), pêssego (29%), tangerina e caqui (24%), manga (22%), uva (21%), melão (14%) e goiaba (7%).

Consumidor Final

Para Ivanilde Umbuzeiro, de 52 anos, cliente diária dos verdurões da região sudoeste da capital, não houve nem uma baixa significativa nos preços das frutas e verduras, apenas uma estagnação nos valores dos alimentos. “Tenho percebido que os preços não estão subindo, como aconteceu no mesmo período do ano passado, porém, não houve uma baixa nos valores, os preços das hortaliças estão se mantendo”, esclarece.

Ainda de acordo com Josué Lopes, Gerente da Ceasa, o produtor traz os alimentos para a Ceasa e vende em atacado direto para os verdurões, restaurantes e feirões. Com isso, mesmo que os varejistas paguem menos, eles procuram manter o mesmo valor que já está sendo comercializando, com intuito de aumentar em ate 250% a margem de lucro da empresa.

De acordo com Paulo Conceição, gerente comercial de um verdurão no centro da capital, está realmente ocorrendo uma baixa no valor das hortaliças para as compras em atacado. “Os valores para as vendas no varejo não caíram tanto, pois temos várias despesas como aluguel do espaço, energia e funcionários. Contudo, o máximo que podíamos reduzir no valor dos alimentos para o consumidor final, nós reduzimos”, explica o gerente.

 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também