Rubens Salomão 

O novo secretário de Segurança Pública e Administração
Penitenciária, Ricardo Balestreri, assumiu o posto com apresentação de
propostas de trabalho mais humanizado e próximo da população por parte da
Polícia Militar, o que a princípio não agradou parte dos comandantes da
corporação, como divulgado aqui. O deputado federal e delegado João Campos
(PRB), que rejeitou convite para assumir o cargo, avalia que “a Segurança é uma
área em que, para dar certo, é preciso ter muita motivação de identificação do
servidor com o chefe, que deve se portar como líder”. O parlamentar acredita
que Balestreri tem mostrado características que podem facilitar seu
relacionamento com a categoria. “Ele chega com esse perfil de se identificar,
motivar, contagiar a turma. O que não significa dizer que a turma estivesse
para baixo, mas ele quer potencializar isso com uma visão muito humanística de
todo o processo, o que eu acho interessante”, aponta o deputado.

Conflito?

João Campos acompanha há décadas de perto a política de
Segurança do Estado e não acredita que os conceitos do novo secretário sejam
conflitantes com o incentivo à “tolerância zero” no trabalho ostensivo da PM.

Tudo junto

“Não. Acho que elas se complementam. Não vai abrir mão dessa
política de repressão, de enfrentamento, e vai priorizar ao mesmo tempo essa
outra faceta da Segurança Pública que é a polícia de proximidade”, analisa.

Governo define novos articuladores

A nomeação de dois dos oito novos auxiliares do governo
estadual se refere diretamente à área de articulação política, junto a
deputados estaduais ou em Brasília, com o governo federal. O novo chefe do
gabinete da governadoria, ex-prefeito de Catalão e ex-presidente da Assembleia
Legislativa, Jardel Sebba (PSDB), vai fazer o contato com os parlamentares
goianos, enquanto que o novo secretário extraordinário, o suplente de deputado
federal Sandes Junior (PP) (foto), tem a missão de acompanhar as demandas do
estado em Brasília. “Essa secretaria que eu estou assumindo é para tratar dos
assuntos de todos os projetos do estado junto aos ministérios e muitos ministros
são deputados federais. Eu conheço e tenho bom relacionamento com todos”,
afirma o suplente que já teve reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros
(PP), na última semana. Já Jardel Sebba aponta que tem como referência a
atuação de Fernando Cunha, para a articulação com os deputados. “Conheço todos
e terei muito diálogo para aparar as arestas”, afirma.

Base

Deputados da base do governo elogiaram a escolha de Jardel.
“Para fazer o relacionamento com as necessidades dos deputados, pouca gente
deve será tão capacitada quanto ele”, diz Francisco Junior (PSD).

Oposição

“Fico satisfeito. Acho que o Jardel vai ser um articulador
político muito melhor do que foi prefeito de Catalão. Aqui a Assembleia é a
casa dele, que é muito hábil. Tem mesmo que voltar pra cá”, afirma Luis Cesar
Bueno (PT).

PT critica

O diretório metropolitano do PT ainda não se posiciona
oficialmente sobre a gestão de Iris Rezende, do rompimento entre as duas siglas
ainda na gestão de Paulo Garcia. No entanto, isoladamente, petistas intensificam
as críticas à atual administração.

Sem largada

“Só podemos analisar a gestão do Iris quando ela começar.
Ainda não começou. A cidade não teve mudança nenhuma e está na hora do prefeito
começar a trabalhar. São dois meses praticamente com a cidade sem governo”,
solta Humberto Aidar (PT).

Mão dupla

Ao mesmo tempo em a relação segue tensa em Goiânia, as
direções estaduais de PT e PMDB têm cada vez mais proximidade e adiantam
aliança para 2018. O contato entre Antônio Gomide e Rubens Otoni com Daniel Vilela
tem sido direto.

Apresentação

O governador Marconi Perillo foi recebido no fim de semana
em Beirute, por empresários e autoridades do Líbano. Foi citado como líder
político de uma das principais economias do Brasil e possível candidato a
presidente em 2018.

Negócios

O tucano participou de seminário de negócios em que
apresentou as perspectivas de investimentos da economia de Goiás, com mais de
100 representantes do governo, do parlamento e de companhias libaneses, além de
gestores públicos locais.

Relacionamento

Depois de críticas à Saneago na Campanha, Iris Rezende
recebeu o presidente da empresa em reunião. Jalles Fontoura defendeu “relacionamento
amistoso e profícuo”. 

Foto: Jota Eurípedes