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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Cidades

Superlotação provoca a morte de dois bebês por superbactéria

Hospital segue investigação de suspeita com mais quatro crianças. Área infectada foi isolada

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 21 de março de 2017
Superlotação provoca a morte de dois bebês por superbactéria
Hospital segue investigação de suspeita com mais quatro crianças. Área infectada foi isolada

Wilton Morais

O Hospital Materno Infantil (HMI) informou que a superbactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) causou a morte de dois recém-nascidos. A bactéria responsável pela infecção foi provocada pelo excesso de pacientes internados no HMI. Para combater a causa, a direção do hospital isolou a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), desde a sexta-feira (17), onde os bebês estavam. Segundo a diretora técnica Sara Gardênia as mortes foram consequência da superlotação enfrentada pelo hospital. A unidade tem capacidade para 22 recém-nascidos, porém após o carnaval, chegou a receber 35 bebês.

Os dois casos de mortes registrados na última semana foram confirmados por meio de hemocultura. Além disso, o hospital investiga a situação de outros quatro bebês. Desses, duas crianças estavam internadas na Ucin e duas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da unidade, todos com suspeitas de infecção. As crianças em observação estão em isolamento de contato e utilizando incubadoras. 

Como medida para coibir novos casos de infecção, o hospital também designou uma equipe especifica para cuidar dos bebês e reduziu o número de visitas. A previsão é que a Ucin permaneça isolada até amanhã, comprometendo o atendimento a demais crianças. A situação dos bebês é estável.

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e a Vigilância Sanitária acompanham os trabalhos de investigação. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Maria Cecília Martins Brito, todos os procedimentos necessários já foram adotados pela vigilância, logo após informado sobre as infecções.

KPC

A superbactéria KPC é transmitida em ambiente hospitalar e pode causar pneumonia e infecções sanguíneas, urinárias e generalizada. Além de febre, os sintomas dor no corpo e dor na bexiga. A bactéria também é comum em unidades fechadas com uso frequente de antibióticos.

Em maio de 2015, um homem de 90 anos morreu com a suspeita de contaminação com a mesma superbactéria. À época parte do Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) do bairro Chácara do Governador ficou interditado por seis horas até a desinfecção do local. O homem morreu na sala de reanimação. No momento da interdição, pacientes, acompanhantes e funcionários da unidade receberam máscaras de proteção e precisaram deixar o Cais.  

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