Forças de segurança iraquianas matam quase 50 jihadistas em Mossul
O oficial explicou que dois dos jihadistas mortos eram suicidas que vestiam coletes de explosivos
As forças de segurança do Iraque mataram ontem (21) pelo
menos 48 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em diferentes pontos dos
bairros ocidentais de Mossul, onde, segundo um dirigente político, ainda
resistem 1 mil combatentes “espalhados”. As informações são da Agência EFE.
Forças da Polícia Federal iraquiana mataram 14 homens
armados no bairro da Al Zaura, onde se instalaram na última quarta-feira (19),
depois que as forças antiterroristas do Exército tomaram o controle do
distrito, assegurou o comandante policial Shaker Yaudat, em um comunicado.
Segundo Yaudat, os militantes do EI morreram em
enfrentamentos durante a revista de vários edifícios da área, onde os agentes
detonaram oito veículos-bomba e desativaram 55 artefatos explosivos e 34
armadilhas em imóveis.
O oficial explicou que dois dos jihadistas mortos eram
suicidas que vestiam coletes de explosivos. Durante as operações, foi libertada
uma adolescente de 11 anos da minoria yazidi, sequestrada pelos jihadistas.
Por outra parte, as forças antiterroristas continuam lutando
pelo segundo dia consecutivo contra combatentes do EI no bairro de Al Saha,
onde mataram 13 “terroristas”, segundo o oficial Maan al Saadi, chefe das
forças especiais.
Al Saadi indicou que seus homens liberaram “amplas partes”
do bairro nas quais destruíram quatro veículos repletos de explosivos.
Outros quatro dirigentes extremistas do EI de origem russa
morreram em bombardeios no bairro de Al Saha.
Além disso, o vice-comandante da nona Brigada de Blindados,
Jalifa Mayid, informou da morte de outros 17 jihadistas na área de Al Harmat,
onde o Exército obteve avanços perante os radicais do EI.
O presidente da Comissão de Segurança do Conselho Estadual
de Ninawa, cuja capital é Mossul, Mohamed Ibrahim al Bayati, assegurou que
apenas 1 mil combatentes do EI resistem nos bairros orientais da cidade,
incluindo o centro histórico, onde o avanço das forças de segurança foi detido
pelos jihadistas.
Segundo Al Bayati, esses combatentes estão “cercados e
espalhados”, sua capacidade de movimento viu-se reduzida e perderam numerosas
posições, bem como importantes comandantes de campo.
Perante esta situação, Al Bayati considera que as forças de
segurança vão recuperar em poucos dias os demais bairros de Mossul, que, alguns
meses atrás, era a maior fortificação do Estado Islâmico no Iraque. (Agência
Brasil)