indústria da construção teve queda menos intensa em março
Foi o terceiro crescimento consecutivo no indicador
A atividade na indústria da construção teve queda menos intensa em março. O índice de nível de atividade cresceu 4,2 pontos frente a fevereiro e atingiu 44,5 no mês passado. Foi o terceiro crescimento consecutivo no indicador, mas, como permanece abaixo de 50 pontos, reflete queda da atividade.
As informações são da pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), hoje (28), em Brasília. O indicador varia de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos sinalizam queda na atividade.
Os postos de trabalho também continuam em queda no setor. Embora o índice de evolução do número de empregados em 41,7 pontos em março tenha sido o maior desde novembro de 2014, ele se mantém abaixo da linha dos 50 pontos. Na comparação com fevereiro, o indicador cresceu 2,8 pontos.
A indústria da construção trabalhou, em média, com 56% da capacidade de operação em março, um crescimento de 3 pontos percentuais frente a fevereiro, quando atingiu o menor nível da série histórica. Apesar da melhora, a utilização da capacidade de operação está 1 ponto percentual abaixo de março de 2016 e 8 pontos percentuais inferior à média histórica para o mês de março.
Já o índice de nível de atividade efetivo em relação ao usual, que cresceu 0,3 ponto frente a fevereiro, mantém-se muito distante da linha de 50 pontos, em 29,1 pontos no mês passado, sinalizando fraca atividade do setor, informou a CNI.
Expectativas
As perspectivas dos empresários do setor para os próximos meses melhoraram em abril. Em relação às expectativas sobre o nível de atividade, que aumentou 1,3 ponto frente a março e atingiu 50,4 pontos neste mês, houve uma retomada da confiança, com o indicador acima de 50 pontos. Já o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços cresceu 1,8 ponto no período e registrou 49,3 pontos em abril, próximo dos 50 pontos.
Os índices de expectativas para compras de insumos e matérias-primas e para número de empregados também se aproximaram da linha dos 50 pontos e sinalizam perspectivas menos negativas.
Situação financeira
Ainda segundo a pesquisa da CNI, os empresários continuam insatisfeitos com as condições financeiras dos negócios, embora essa situação esteja melhor que há um ano. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional foi de 31,3 pontos no primeiro trimestre, 2,5 pontos a mais que no primeiro trimestre do ano passado. O índice de situação financeira, que atingiu 35,1 pontos nos primeiros três meses, está 1,8 ponto acima do mesmo período do ano passado.
O índice de acesso ao crédito, que vem oscilando fortemente desde o primeiro trimestre de 2016, alcançou 27,4 pontos no primeiro trimestre deste ano. Como se mantém em patamar bem abaixo da linha dos 50 pontos, o indicador sinaliza elevada dificuldade no acesso ao crédito.
Também houve melhora na intenção de investimentos, cujo indicador cresceu 2,3 pontos frente a março e registrou 28,9 pontos. No entanto, o índice está 5,8 pontos abaixo da média histórica e continua muito abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando pouca propensão dos empresários para investir.
(Agência Brasil)