TSE cogita retirar dados sobre a Odebrecht na cassação da chapa Dima-Temer
A desidratação do processo pretende livrar o presidente Michel Temer, sujeito a cassação; o julgamento será retomado na próxima terça-feira (6)
Da Redação
Com a aproximação do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer advogados do presidente Michel Temer trabalham para convencer ministros a excluir do processo todas as informações relacionadas às doações ilegais da Odebrecht, de acordo com o blog do Josias de Souza.
A desidratação do processo interessa tanto a Temer, sujeito à cassação, quanto a Dilma, que corre o risco de se tornar inelegível. As defesas de ambos sustentam que o TSE teria injetado no processo acusações que não constavam das ações originais, movidas pelo PSDB como a inclusão nos autos depoimentos de Marcelo Odebrecht e do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura.
De acordo com o blog, para levar a manobra às últimas consequências, o TSE terá de fazer algo muito parecido com um cavalo de pau jurídico. Em fevereiro de 2015, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, então corregedora do TSE e relatora do processo votou a favor do arquivamento de uma das ações do PSDB. Alegou que as acusações contra a chapa Dilma-Temer eram frágeis e que a coligação liderada pelo tucano Aécio Neves havia adicionado novos elementos fora do prazo legal.
O julgamento será retomado na próxima terça-feira (6). E a novidade da eliminação da Odebrecht será apresentada como uma questão “preliminar”, que os sete ministros do TSE terão de decidir antes da leitura do voto do relator, ministro Herman Benjamin.