Empresários panamenhos pedem que Supremo resolva recursos de caso Odebrecht
A Promotoria panamenha analisa 24 investigações da Odebrecht com pelo menos 36 envolvidos, entre eles dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli
O principal grupo de empresários do Panamá, a Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura do Panamá (CCIAP), pediu nesta segunda-feira (5) para que a Corte Suprema de Justiça resolva “o mais rápido possível” os recursos apresentados pelos envolvidos no caso da Odebrecht, cuja existência supostamente impede que prisões preventivas sejam decretadas. A informação é da agência EFE.
“Apelamos que as ações interpostas perante a Corte Suprema de Justiça sejam resolvidas o mais rápido possível para que as investigações avancem”, indicou a CCIAP em comunicado.
A procuradora-geral do Panamá, Kenia Porcell, indicou na semana passada que são 36 réus no caso de corrupção da multinacional brasileira, mas nenhum está em prisão preventiva, como acontece em outros países, por conta da existência de pelo menos dez recursos não resolvidos, entre eles vários de habeas corpus.
“Tudo que tem a ver com as alegações de corrupção é assunto sensível e de interesse nacional, portanto, merece atenção prioritária, pois se trata dos nossos recursos econômicos e da decência do país”, acrescentou o grupo de empresários.
A CCIAP disse ainda que é “inaceitável” que alguns setores da sociedade panamenha “tentem minar os avanços obtidos e as ferramentas de negociação colocadas à disposição do Ministério Público”, como a recente aprovação de uma lei que permite acordos ou delação premiada.
A Promotoria panamenha analisa 24 investigações da Odebrecht com pelo menos 36 envolvidos, entre eles dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli – Ricardo Martinelli Linares e Luis Enrique Martinelli Linares -, que estão sendo procurados internacionalmente.
(Agência Brasil)