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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Jornalismo

México é o país com mais mortes de jornalistas em 2017, alerta organização

“Esta situação de violência é ainda mais inaceitável e indigna para um país democrático”, afirmou e secretário geral

Postado em 6 de julho de 2017 por Toni Nascimento
México é o país com mais mortes de jornalistas em 2017
"Esta situação de violência é ainda mais inaceitável e indigna para um país democrático"

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou o
presidente do México, Enrique Peña Nieto, que seu país se converteu no
“mais mortífero do mundo para os jornalistas”, com pelo menos sete
assassinados até o momento neste ano. A informação é da agência Télam.

Em uma carta divulgada durante a visita de Peña Nieto a
Paris – onde será recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron –, o
secretário geral da RSF, Christophe Deloire, destacou que “o México se
converteu este ano no país mais mortífero do mundo para os jornalistas e se
coloca à frente da Síria, país oficialmente em guerra”.

Deloire detalhou que, dos sete jornalistas assassinados no
México desde 1º de janeiro, em quatro casos não há “nenhuma dúvida”
de que a morte está relacionada ao exercício da profissão: Javier Váldez
Cárdenas, Maximino Rodríguez Palacios, Cecilio Pineda Birto e Miroslava Breach
Veducea.

Acrescentou, ainda, que se o motivo dos crimes contra
Ricardo Monlui, Filiberto Álvares Landeros e Salvador Adame Pardo não foi
esclarecido, se deve à “falta de transparência das autoridades
encarregadas das investigações e pela corrupção local”, segundo a agência
EFE.

“Esta situação de violência é ainda mais inaceitável e
indigna para um país democrático”, porque, segundo o secretário geral,
“não começou ontem” e já foram contabilizados mais de 100
assassinatos de comunicadores no México desde 2000 e pelo menos uma dezena só
no ano passado.

Além disso, continuam há muitos anos os sequestros,
agressões e desaparições de profissionais da informação, segundo a RSF, que
atribui esta violência ao fato de que “a impunidade é infelizmente a
regra” e à conivência entre o crime organizado e “certas autoridades
políticas e administrativas”.

(Agência Brasil) 

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