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sábado, 23 de novembro de 2024
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Mercosul

Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul deve discutir suspensão da Venezuela

Motivados por questões técnicas, políticas e econômicas, os países fundadores do bloco econômico sul-americano decidiram pela suspensão da Venezuela do Mercosul em 2016

Postado em 15 de julho de 2017 por Gislaine Xavier
Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul deve discutir suspensão da Venezuela
Motivados por questões técnicas

A suspensão da Venezuela no Mercosul será um dos temas em
discussão na 50ª Cúpula de Chefes de Estado que compõem o bloco, na próxima
quinta-feira (21), em Mendoza, na Argentina. Apesar dos debates, o país,
afastado em dezembro do ano passado, ainda não deve retornar ao Mercosul.

“A suspensão foi por descumprimento [de normas do bloco],
não há perspectivas de cumprimento em curto prazo e as medidas que a Venezuela
precisa tomar requerem aprovação do Congresso venezuelano e dado o mau
relacionamento entre o Executivo e o Congresso, isso certamente não ocorrerá em
um curto prazo”, disse. Segundo o subsecretário-geral da América Latina e do
Caribe do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Paulo Estivallet de
Mesquita.

Questionado se a Venezuela poderia ser excluído
permanentemente do bloco, o embaixador ressaltou que o afastamento do país
segue as normas do Protocolo de Ushuaia, firmado em 1998 pelos países membros e
a punição ainda não deve ser radical. “Isso tem o seu caminho de procedimento a
ser cumprido. Decisões serão tomadas mais adiante. Não há nenhum espírito de
exclusão, é um país que, realmente cumpridos os requisitos, volte para o
Mercosul”, disse Mesquita.

Segundo o embaixador brasileiro, a Venezuela “continua
sendo, do ponto de vista político, uma questão de prioridade”.

Presiência pró-tempore

Após a Cúpula de Mendoza, o Brasil deve assumir a
presidência pró-tempore da Cúpula por seis meses. “Vamos manter essa dinâmica
positiva, de solução de problemas pontuais, vamos buscar enfrentar de maneira
cada vez mais ativa os problemas tópicos e os que vêm de longa data”, disse
Mesquita.

Além da Venezuela, serão discutidos temas como acordos de
compras governamentais, tratamento efetivo de entraves ao comércio dentro dos
países e debates sobre regulamentos técnicos, sanitários e fitossanitários,
incluindo discussões preliminares sobre eventual negociação de protocolo sobre
coerência regulatória. Ainda estão na pauta de debates da Cúpula, negociações
externas do Mercosul com União Europeia e uma aproximação com a Aliança do
Pacífico, grupo formado por México, Peru, Chile e Colômbia.

O encontro será precedido pela reunião ordinária do Conselho
Mercado Comum, em nível ministerial, no dia 20 de julho, e de reuniões
preparatórias, no período de 17 a 19 de julho. O Mercosul tem como
Estados-membro:  Brasil,  Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, e
como Estados associados: Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador. 

 Agência Brasil 

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