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sábado, 23 de novembro de 2024
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Pedido

Defesa de Temer pede suspeição de Janot ao Supremo

O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República

Postado em 9 de agosto de 2017 por Thais Tomás
Defesa de Temer pede suspeição de Janot ao Supremo
O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin

A defesa do presidente Michel Temer pediu ontem (8) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) a suspeição do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em
tramitação na Corte. A defesa de Temer alega que o procurador age de forma
pessoal em ações contra o presidente.

O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator
da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas que
teve prosseguimento suspenso por decisão da Câmara dos Deputados.

No mês passado, Janot denunciou o presidente Michel Temer ao
Supremo pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas
investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. O áudio
da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa,
com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, também é uma das provas
usadas no processo.

No entanto, na semana passada, a Câmara não autorizou a abertura da ação penal. Com
a decisão, a denúncia deve ficar suspensa até o fim do ano que vem, quando o
presidente deixará o mandato e pode voltará a ser investigado na primeira
instância da Justiça ou novamente no Supremo, se assumir algum cargo com foro
privilegiado no governo federal.

Parcialidade

O advogado Antonio Mariz, representante de Temer, acusa
Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. “Se ao contrário, assumir de
pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade irá
atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter
elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro.”, diz Mariz.

Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual
Janot disse que “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, fazendo
referência ao processo de investigação contra o presidente.  “Parece pouco
interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de
Michel Temer, é a instituição Presidência da República; as instituições
republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”, diz o documento. 

Agência Brasil

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