Com dificuldade para fechar contas, governo anuncia nova série de privatizações
Novas concessões incluem a Casa da Moeda e usinas de energia elétrica em Minas Gerais
O governo
federal incluiu na lista de concessões aprovadas pelo conselho do Programa de
Parcerias em Investimentos (PPI) a Casa da Moeda e uma das quatro usinas da
estatal mineira Cemig. Ainda não se
sabe como a Casa da Moeda deixará de ser estatal. Membros do conselho do PPI explicam
que ainda serão feitos estudos a fim de definir o melhor modelo. Existe a
possibilidade de venda de apenas 51%.
Com a
ausência de recursos no caixa para cobrir os contínuos prejuízos da Casa da
Moeda, o mais provável é que a União esteja fora da administração. Considerado o
aeroporto mais valioso da Infraero em termos de lucro, estima-se que Congonhas,
que já tinha tido sua privatização anunciada na semana passada, valha
aproximadamente R$ 4 bilhões apenas em concessões.
Já em se
tratando das usinas da companhia de energia elétrica Cemig, o governo teria um
retorno de R$ 11 bilhões. Após uma negociação, o valor foi reduzido para R$ 9,7
bilhões. A notícia da venda das usinas revisita o anúncio da meta déficit,
estimado em R$ 159 bilhões para este ano – sem elas, o governo não conseguirá
fechar as contas.
Ainda em
avaliação, outros projetos também fazem parte do PPI, como a concessão de
rodovias como a BR-153 e a BR-364 (RO-MT). Estão previstos ainda 11 lotes de
linhas de transmissão, rodadas de petróleo e gás do pré-sal, bem como terminais
portuários, que contabilizam investimentos estimados em R$ 44 bilhões.